Aprendizado (que se espera) definitivo!

O desabafo do novo presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, por incidentes de piores consequências não terem ocorrido na semana marcada pelo confronto entre manifestantes, especialmente professores,e governo do Estado, tendo como palco as instalações da ALEP, veio sob a forma de uma decisão que faz jus à sua experiência: o fim dos “tratoraços”, mecanismos que os deputados da base eram obrigados a adotar,  pela urgência exigida pelos governos na votação de determinados projetos. Pensando bem, não há justificativa para tais urgências! Como no caso atual, medidas extremas para redução de custos da máquina estatal, sempre com a retirada de vantagens anteriormente concedidas, não se justificam, na medida em que eram situações já existentes que simplesmente se agravaram pela falta de decisões oportunas. Igualmente o recurso de aumentar a arrecadação através novas taxações,não exige genialidade; apenas coragem de implantar. Difícil é retirar vantagens depois de implantadas, é importante repetir! Ocorre que ao cenário brasileiro de alta carga tributária e má prestação de serviços públicos – “casa onde falta pão, todos brigam e todos têm razão” -deve-se a enorme dispersão dos vultosos recursos arrecadados pelos governos  em atividades que não deveriam fazer parte do rol de suas responsabilidades. Um exemplo recente é a identificação de repasses bilionários do Tesouro ao BNDES, que por decisão interna (com influência externa)beneficiou algumas empresas qualificadas como de “amigos do “chefe”, numa  tentativa absurda de criar um rol de grandes corporações nacionais, com dinheiro público! Tipo JBS, Eike Batista (com o resultado que se vê), financiando construção de Porto em Cuba, e por aí vão mal aplicados os recursos colhidos em malfadados impostos. Quando algum governo tiver a coragem de cuidar de educação, saúde, segurança, deixando outras atividades para a iniciativa privada, dinheiro não vai faltar e a qualidade dos serviços oferecidos, aumentará  substancialmente. Em todo caso, como disse Traiano em relação ao fatos da semana: “Ainda conseguimos agir com o equilíbrio necessário , no tempo e no momento certos. Diante de tudo, um aprendizado definitivo”.

Cenas…

A atabalhoada decisão de trazer os 30 deputados da base governista, do Chapéu Pensador, antigo refúgio criativo de Jaime Lerner agora usado com outro objetivo, para a Assembleia num ônibus da tropa de choque (confundido com camburão) com poucos assentos reservados às mulheres parlamentares, com cenas de um ridículo extremo, a começar pela necessidade de cortar as grades na parte traseira do prédio para dar acesso a suas excelências, acabou se transformando numa crônica do ridículo. Sorte do deputado Elio Rusch que, por sempre chegar muito cedo, já se encontrava no seu gabinete.

… a serem apagadas

Uma das críticas que se faz às grandes redes de comunicação é darem pouco destaque ao Paraná no noticiário nacional. Um exemplo clássico é a previsão do tempo, em que raras vezes o clima paranaense é mostrado no mapa meteorológico.  Desta vez, nada a reclamar. Evitou-se assim que episódios como esse colocassem nossos parlamentares em constrangimento nacional.

Carnaval criativo

Um sistema de rodízio dos professores em greve foi estabelecido para um plantão permanente na Praça Nossa Senhora da Salete, em frente à Assembleia e ao Palácio Iguaçu. Várias “atrações” desfilarão para distraí-los: concursos de marchinhas e charges, atividades culturais,serão promovidos pela APP Sindicato para superar a calmaria que tomou conta da região depois dos dias movimentados da semana.

Família em destaque

Não bastassem as repetitivas inserções do Partido Solidariedade utilizadas pelo deputado Fernando Francischini para destacar sua participação como Secretário de Segurança no governo Beto Richa, mais as movimentações para dar segurança aos deputados, ameaçados pela turba enfurecida pela tentativa de votação do “tratoraço”, um vídeo em que o deputado Felipe Francischini supostamente faz críticas aos invasores da AL que circula na Internet e merece correção na conta de Fernando,  no Facebook . Em defesa do filho, o Secretário postou um vídeo em que o parlamentar nega ter chamado os professores de “burros”. “Felipe responde à montagem de vídeo montada pela vagabundagem do PT, infiltrada na Assembleia”, afirma o texto.