Assinatura não honrada
O entusiasmo dos curitibanos pela Copa do Mundo, já não é o mesmo de tempos atrás quando Curitiba foi anunciada como um dos 12 pólos da competição. Não bastassem os gastos abusivos com a conclusão de um estádio particular, escolhido por estar quase pronto, o que acabou se revelando uma farsa, na medida em que foi reconstruído a um custo que nem o Atlético, nem prefeitura e governo estavam preparados para arcar. Das obras ditas de mobilidade, nem o metrô, nem a ampliação da pista do aeroporto foram sequer iniciados. O Afonso Pena hoje já está próximo do caos, e sua terceira pista ainda depende de desapropriações que a cada dia se complicam. Além disso a infeliz ideia de construir uma ‘ponte estaiada para turista ver’, já que no caminho do aeroporto, ao custo de quatro ou cinco viadutos que resolveriam os problemas da engarrafada e quase inútil Linha Verde (essa sim, se concluída, de benefícios permanentes), dá bem a medida da incompetência e açodamento com que essa Copa foi tratada, sem o planejamento que o tempo de escolha do Brasil para sediá-la, permitiria. Se os curitibanos soubessem dos demais encargos que a prefeitura (anterior) teve que assumir para sediar jogos, só agora explicitados, teria vergonha da submissão a que se expôs. Basta lembrar que nos dias de jogos aqui, absolutamente sem importância mas causando grandes transtornos, mesmo sem a ideia de algum brilhante vereador que insiste em decretar feriado nesses dias, a prefeitura tem que parar obras na cidade e nem aula se pode dar, além de outras exigências absurdas. Menos mal que para compensar, o que é escrito no Brasil não é para ser cumprido. Este é o famoso país das leis que não pegam. Pelo menos essa é a certeza que o Secretário Municipal curitibano para assuntos da Copa, Reginaldo Cordeiro transmite: É o que está assinado, não o que está acordado.
Para bom entendedor…
O sol deu ‘todo o tempo’ para que a Arena da Baixada fosse concluída. Como não o fizeram, a meteorologia vinga-se agora obrigando a trabalharem até debaixo de chuva. O que, nem os meteorologistas sabiam é que se, terminada logo, o custo da obra ficaria bem menor. É uma lógica brasileira de construção oficial!
Mais um alerta
Um dos dois nomes brasileiros a falar sobre educação, o outro é o senador Buarque de Holanda, o psiquiatra e educador Içami Tiba, autor de inúmeros livros sobre o tema, alertou em longa entrevista à Gazeta do Povo de Curitiba que, a educação pública no Brasil tem de melhorar muito, para o ensino obrigatório desde os quatro anos, valer a pena. Um alerta de quem sabe o que fala!
Recomeços
Com o início do ano regulamentar que começa no Brasil depois do Carnaval (o fiscal, quando o brasileiro começa a trabalhar para si, começa em maio), as coisas voltam à normalidade, isto é, às dificuldades de sempre. Recomeço difícil também para a classe política que daqui para a frente só pensa em eleição.
Quem dá mais!
Para candidatos a Presidente, governos, Senado, Câmara e Assembléias, ‘sai o bloco carnavalesco Bola de Ouro, entram os segundos de ouro’. Daqui para a frente, até 30 de junho quando termina o período de acertos, também chamado de período das convenções é que o tempo de cada partido no horário eleitoral ‘dito gratuito’ é disputado a tapa. Ideologia do partido! Não importa. O que vale são os segundos que ele tem para oferecer.
Em choque
No Paraná, Beto Richa com os apoios que já contabiliza, teria 6 minutos e 10 segundos. Gleisi Hoffmann com seu PT e apoio do PDT, tem 2 minutos e 8 segundos. Como o grupo de Ricardo Barros (ele, irmão e esposa – um em cada partido) ainda não tomou posição, seus 1 minuto e 9 segundos criam expectativa. O PSD que ameaça ir de Joel Malucelli, conta por enquanto com 1,2. Psol e PCB oferecem 26 segundos a seu candidato. Rosane Ferreira, se sair candidata ao governo só tem os 24 segundos do PV. Os 11 segundos do PSTU para candidatura própria podem se somar aos 26 do Psol/PCB. PMDB (1,58 minuto), PR (55’), PCdoB (31’), PTdoB (15’), PRP (14’), PTN, PRTB, PCO, PPL, PEN, todos com 11 segundos, esperam a melhor oferta. É a democracia à brasileira.