Comício de campanha

Uma festa digna de campanha eleitoral, na qual só faltaram nomes artísticos como Chitãozinho e Xororó, o que a transformaria em showmício, agora proibido pela legislação eleitoral. No mais tudo igual. Isso a 18 meses do outubro eleitoral de 2014. Com direito à participação de quase 20 senadores nordestinos, mais deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores, numa demonstração de que a campanha da reeleição vai contar com enorme apoio. Estamos descrevendo o cenário para o anúncio feito pela presidente Dilma, na segunda-feira, em plena zona da caatinga, onde segundo se anuncia ocorre a maior seca dos últimos 50 anos. Segundo ela o governo vai investir mais R$ 9 bilhões para minimizar os efeitos da estiagem. A pergunta que cabe: por que esperar completar 50 anos, se a seca já está instalada desde o ano anterior. Se levado a sério, um fenômeno que se repete desde Deodoro e que a cada ano vira alvo das promessas dos governantes. Pobre nordestino, obrigado a migrar para outros estados, depois de resistir valentemente à natureza cruel e ser o principal funcionário da chamada indústria da seca que tem feito a fortuna de muita gente, inclusive de várias que estavam no palanque presidencial. Verbas públicas de emergências, como se tem visto em reportagens sobre as  calamidades que se abateram nos últimos anos na região serrana do Rio de Janeiro, via de regra abastecem as milionárias contas de políticos desumanos. Não por acaso ao ouvirem o valor da cifra anunciada por Dilma, R$ 9 bilhões, alguns movimentaram as mãos. Não em aplausos. Esfregando-as de satisfação, antecipando o que poderão ganhar. Esta a triste realidade! 

Iniciativa louvável

Agiu bem o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni,  em abrir à imprensa a exposição que o Secretário Cássio Taniguchi e o Chefe da Casa Civil, Reinhold Stephanes  fizeram ontem sobre o Tudo Aqui Paraná, projeto que o governo do Estado pretende aprovar naquela Casa. O anúncio inicial de que a reunião seria a portas fechadas, aumentava as especulações levantadas pelos oposicionistas.

Desagravo

Elevado à condição de celebridade, depois de anos pertencendo ao baixo clero da Câmara Federal, o pastor/deputado Marco Feliciano continua a provocar polêmica. Agora por conta de afirmação sua em culto realizado em Minas Gerais. Antes da minha (divina!) chegada a Comissão (de Direitos Humanos) era dominada por Satanás. Até a bancada do seu PSC cobra agora uma desculpa pública do deputado.  

Mais um

O ex-governador Orlando Pessuti acumula mais um cargo bem remunerado de Conselheiro, além do Conselho Administrativo do BNDES. Desta vez para o da Itaipu bi-nacional. Para Pessuti, ao contrário de cargos como a presidência da Sanepar para a qual fora convidado pelo governador Beto Richa, por não exigir tempo integral, o atual lhe permite uma ação política mais ampla. Trabalha, segundo afirmou, por candidatura própria do PMDB em 2014. A conferir…

Linha dura

Fiel ao estilo que o notabilizou perante a opinião pública brasileira, o ministro Joaquim Barbosa marca sua passagem pela presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça, por posições corajosas. Além de defender mudança nas regras de prescrição que segundo ele permitem que a punição não ocorra, discute a validade das Justiças Militares cujos custos e resultados são escandalosos. É indicativo de um verdadeiro descalabro financeiro. No Tribunal Militar que custa R$ 322,5 milhões (15 ministros e 36 juizes), apenas 54 processos são julgados por um magistrado em um ano, critica Barbosa.  

Em choque

Aliviado com os resultados dos exames a que se submeteu no Hospital Sírio-Libanês que detectou a inexistência de células cancerígenas, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva gravou manifestação em favor da candidatura de Maduro ao governo da Venezuela. Inicia também novas viagens internacionais.