Confirmação lamentável

Uma afirmação do colunista, dias atrás, prevendo que os resultados da investigação da Petrobras estariam a recomendar mais atenção ao comportamento de outras estatais, lamentavelmente está se confirmando. Antes mesmo que a Polícia Federal  anunciasse a intenção de promover incertas nas demais empresas governamentais, o Tribunal de Contas da União já anuncia superfaturamentos detectados em 20 obras de órgãos e empresas federais , além da Petrobras. Como já se anunciara que os tentáculos do doleiro Alberto Youssef  haviam se estendido ao setor energético, é de se imaginar que  não fica apenas por aí. O curioso neste país é que a burocracia criou uma infinidade de leis tentando bloquear as malfeitorias no serviço público, de tal forma que a própria burocracia acabou se transformando no problema maior para a realização de obras, conduzindo aos acertos. Daí aquela frase do Afif Domingos que a coluna sempre repete! O que ficou faltando foram punições exemplares. Como admitir que um juiz apanhado em dolo, como o famoso Lalau, para só citar um exemplo, tenha como penalidade a aposentadoria compulsória mas, recebendo salário proporcional ao seu tempo de serviço. Isso não é punição: é premiação! Do mesmo modo,  um alto funcionário recentemente preso em Curitiba, apanhado com a boca na botija, recendo uma propina de R$ 200 mil reais, sendo solto através fiança de R$ 18 mil (está no lucro em R$ 182 mil) e respondendo inquérito em segredo de Justiça, sem prejuízo de seu emprego bem remunerado.  Do mesmo modo, os mensaleiros, primeira punição aparentemente exemplar por ter levado gente de alto coturno para a Papuda, mas um ano depois, quase todos já na rua por cumprimento de um sexto da pena! A  continuar nesse ritmo, a ideia de que cadeia é para pobre e negro, vai continuar vingando! Igualmente a de que o crime compensa! Pobre geração futura.

Bom negócio. Pra quem!

Negociar com a Petrobras, antes da Lava-Jato, deveria ser o sonho de todo empresário, como  pretende provar o deputado paranaense Rubens Bueno (PPS). Ele tenta convocar o mega-empresário argentino Cristobal López para explicar suas relações com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. López adquiriu a refinaria da estatal brasileira em San Lorenzo – Santa Fé,  mais 360 postos de gasolina por US$ 102 milhões. Para quem pagou o nego e o cachimbo pela Pasadena, uma prova que a Petrobras paga bem na compra e recebe mal na venda.

Reinovando

Curitiba que, ao tempo de Jaime Lerner lançou campanhas inovadoras em relação á coleta seletiva de lixo, tornando-se referência nacional no setor, volta a inovar. A administração Gustavo Fruet inaugurou ontem a primeira Estação de Sustentabilidade da capital, na Boa Vista. Trata-se de container marítimo adaptado,  em que a população será incentivada a colocar seu lixo separado. Plástico, metal, vidro, papel terão espaços específicos. Talvez o mais difícil seja convencer o curitibano a se deslocar até lá para atender a esta convocação à civilidade. O que se pretende conseguir com uma campanha institucional nos veículos de comunicação de massa. Ideia oportuna, quando se sabe que o aterro da Cacimba – desativado – tem 50% de materiais passíveis de reciclagem ou reuso.

Trânsito mortal

A prefeitura curitibana já realiza uma campanha inteligente em relação ao trânsito: tentativa de conscientização do motorista quanto aos riscos causados pela velocidade excessiva. Projeto importantíssimo para uma cidade em que o número de veículos e de acidentes só faz aumentar.  Especialmente desde que a moto virou instrumento de trabalho. Em consequência, insegurança também para o pedestre.

Ideia inovadora

Não captei o nome da instituição carioca. Apenas o fato de que dá assistência a crianças com câncer, necessitadas de mais sangue que a quimioterapia em adultos. Ideia merecedora de apoio. Trata-se de um desafio: o doador de sangue desafiar dois amigos a também doarem. Campanha que se bem sucedida apresentará  um resultado maravilhoso. Uma contribuição válida nestes tempos de más notícias em alta e solidariedade em baixa. Ideia que serve para ser desenvolvida em todas as cidades.