No caminho da virtude

Talvez o gesto mais significativo desta Semana Santa, de ambiente econômico carregado no país, tenha sido a marcha organizada por evangélicos em Cascavel, para rezar pelo Brasil. Um final de semana que contou inclusive com um triste fato ligado a político brasileiro, o governador Geraldo Alckmin, com a esposa, católicos praticantes, que perdeu um filho na vésperado dia em que se rememora a morte de Jesus Cristo. No passado uma imagem era vendida nos meios artísticos para identificar o Brasil como o país de nascimento de Deus, tantas eram as benesses oferecidas ao país; clima bom, natureza farta e bela, povo bom. De repente, tormentas já não são raras. O que mudou! Teria Deus cansado de ser brasileiro! Nada disso. A globalização, que internamente fez a informação adquirir uma velocidade jamais imaginada, numa prova de que o que existia era a ignorância da realidade, desnudando inclusive as malfeitorias que sempre existiram, e o Brasil real apareceu. Prova de que, assim como o sol é o melhor dos antissépticos, a transparência absoluta restabelece as verdades. Muito do que se imaginava mito, em realidade era “mico”. Verdade que nem sempre revelar a malfeitoria tem revertido em punição. Até porque a própria Justiça ainda não se desfez de certos “vícios de origem”, que deram voz à expressão: “ela é feita para pobres e negros”. Aos poucos porém, até esse tabu vai cedendo aos novos tempos. Aí estão o ‘mensalão’, embora ainda suavizado e agora o ‘petrolão’, com gente importante recebendo visitas de familiares em prédio que é extensão de presídio no Paraná. Há um recado implícito nesses episódios: o Brasil começa a se moralizar. Talvez com esses fatos agora revelados e em julgamento, juntados a outros que virão, na medida em que os tentáculos do Ministério e da Policia, federais, começam a se estender em outras direções, o Brasil tome o caminho da virtude. Falta apenas a política entrar por esse caminho para que Deus resolva readquirir sua condição de nosso compatriota.

Nariz vermelho

Uma brincadeira (de mau gosto) do presidente do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, ao inaugurar o teto retrátil da Arena, deu margem a gozações. “O circo está pronto. Falta o palhaço”, disse ele. Milhares que acompanham os dribles do presidente para pagar a conta da reforma, repudiada por muitos por ter dinheiro público difícil de ser recuperado na obra, viram um “narizinho vermelho” vindo em suas direções. Como alertava meu velho pai: “negociar com certas pessoas, salvando a sacaria já fez bom negócio”. Alerta que serviria à Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado.

Arquivamento provável

Com a negativa de afastamento do deputado Nelson Justus, acossado por denúncias do Ministério Público Estadual, por situações de sua administração como presidente da Assembleia, de 2007 a 2010, pelo Tribunal de Justiça, é tido como certo nos meios políticos que a Comissão de Ética da Casa vai seguir o mesmo caminho. A favor dessa decisão pesa o fato de a própria Comissão ter arquivado, em novembro de 2010 um pedido de cassação contra Nelson e Alexandre Curi, feito pelo PV.

Brasileiro comum

A farra aérea vai acabar. Já não se verá mais jatinhos da FAB cortando os céus do país com a mesma frequência. Com 39 ministérios a requisitar aviões para viagens de seus titulares, a passeio, para ida e vinda nos finais de semana, o custo para a FAB era enorme. Proibir a festa, foi uma forma da presidente mostrar que está economizando. Maiscortar voos que ministérios deve ter pensado! Vai ser comum agora encontrar ministro em avião de carreira!

Opinião clara

Pelo menos a opinião de um deputado federal paranaense sobre a redução da idade penal, já se conhece. Valdir Rossoni, pensa assim: “O Brasil adiou a discussão deste tema e isso resultou em aumento da violência. Este é o fato e temos de tomar uma decisão”.