País saqueado

Uma frase repetida pelo telejornalista Boris Casoy, precisa ser considerada, após os fatos da semana que culminaram com uma expressão preocupada do juiz Sérgio Moro: aquele que está desnudando as malfeitorias ocorridas na estatal petrolífera brasileira, antes intocável. “Indícios de fraude vão muito além da Petrobras”, preocupa-se ele. A frase de Casoy, pura intuição baseada nas poucas informações vazadas até anos atrás: “O Brasil precisa ser passado a limpo”. O curioso é que uma análise profunda da situação agora exposta, revela (e o muito que ainda se terá se os poderes encarregados da fiscalização do dinheiro público levarem a sério a afirmação do juiz federal), o quanto  setores fiscalizadores têm sido displicentes, quando não, coniventes. Na raiz dos problemas a forma de escolha dos ministros de tribunais superiores, de tribunais de contas, por méritos políticos, jamais apenas pela competência técnica. Soma-se a isso o corporativismo no Judiciário, com suas disputas por ganhos,  e o pouco interesse na evolução da Justiça. Enquanto a presidentes da República, governadores de estado, prefeitos (em municípios de grande porte que comportam tribunal especial de contas) for dado escolher os que comporão tais órgãos, o compadrio permanecerá. Não é aceitável que apenas agora o volume de denúncias seja investigado. Enquanto isso, muito já roubou neste país, supostamente desde sua origem como Nação, ocupada que foi por uma Corte que apenas veio ao país para fugir, às carreiras,  à ameaça representada por Napoleão a Portugal. Nas circunstâncias, não se poderia esperar, trouxessem bons costumes na bagagem: apenas os vícios adquiridos na origem! A estrutura fiscal e jurídica do Brasil foi se consolidando à partir desse início,  nada promissor,  até chegar ao estágio de hoje, quando o corporativismo e os maus hábitos arraigados,  tomaram conta do país. O Brasil tem sido saqueado desde a sua origem!

Perguntar não ofende!

Não dá para entender. Se é para congelar posteriormente, por decreto,  impostos de produtos da cesta básica e sobre produtos vendidos por empresas enquadradas no Simples, porque incluí-los num repudiado pacote de medidas que a Assembleia Legislativa do Paraná será obrigada a votar, com profundo desconforto já demonstrado pelos deputados da base governamental?

Desgaste desnecessário

A informação  sobre a postura posterior a ser tomada pelo governador “com muita responsabilidade”, não recupera o desgaste já causado pela proposta integral levada à AL. Pior ainda a afirmação de que os projetos originais foram discutidos com o futuro secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, importado da Bahia.

Dividindo o ônus

Os bilionários desvios de recursos das obras da  Petrobras, trazidos à tona com as investigações do Ministério Público e Polícia, federais, com participação ativa de doleiros, funcionários da estatal e políticos beneficiados (que só serão denunciados em 2015), ocorridos nos governos do PT, obrigaram o Ministério Público de São Paulo a trazer de volta as investigações sobre supostas irregularidades ocorridas na Companhia Metropolitana de Trens de São Paulo, nos governos do PSDB.

Ações imediatas

Os casos “cartel de trens-São Paulo, mensalão do PT, mensalão do DEM (Distrito Federal) e do PSDB-Minas, Lava-Jato”, e tantos outros neste país, sempre julgados com imenso atraso, quando o assunto já “esfriou” na opinião pública, são a razão da impunidade que ainda impera por aqui, justificando a teoria que corrompe mentes: “o crime compensa”! Num país de tantas estruturas pouco operantes,  mais duas precisavam ser criadas: uma para julgar, de imediato, casos de corrupção, e juizados especiais, de pronta ação,  para infrações e crimes de trânsito.

Ao vivo e a cores

Com todas as dificuldades de um país que é praticamente um arquipélago com inúmeras ilhas, a Suécia, como mostrado ao Brasil pelo Globo Repórter, conseguiu um nível de civilidade e democracia, impressionantes. Principalmente na aplicação dos ‘altos impostos’ em favor do bem estar de sua gente. Carga tributária equivalente à do Brasil. Só no volume. Na aplicação, ficamos vermelhos de vergonha!