A inovação como saída

Algo mudou radicalmente no terreno dos negócios mundo afora. (Tapscott, 2012)

Transformar Campo Mourão numa cidade inovadora. Este é o principal objetivo do Pacto pela Inovação, assinado por diversas Entidades, Empresas e Poder Público na última sexta, 19, no encerramento do Empreende Week 2018.

A economia do século XXI é reconhecidamente baseada no conhecimento. Depois de um século em que a economia mundial se baseou em fontes energéticas, matérias-primas e industrialização, agora é a vez do talento e tecnologia predominarem no cenário de desenvolvimento econômico.

Antes de tudo, é importante dizer que o conceito de inovação não pode ser entendido apenas como implementação de inovações tecnológicas, robotização, criação de softwares e hardwares e coisas afins ligadas à indústria.

O conceito de inovação, segundo o Manual de Oslo, é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado, no que se refere às suas características ou usos previstos, ou ainda, à implementação de métodos ou processos de produção, distribuição, marketing ou organizacionais novos ou significativamente melhorados. Ou seja, uma organização qualquer, seja pública ou privada, indústria ou comércio, pode ser inovadora, desde busque formas diferentes de realizar seus processos ou entregar seus produtos.

Isso quer dizer que inovar é fundamental para que as empresas e o próprio país se desenvolvam. E isso nem sempre requer investimentos, mas sim criatividade e determinação. Inovamos para evoluir. E evoluir é da natureza humana. Inovar é fazer de um jeito diferente para buscar um resultado melhor. E nos últimos anos, com o desenvolvimento tecnológico avançando em ritmo alucinante, a inovação tem ocupado um destacado lugar nas discussões sobre desenvolvimento.

Sendo assim, os territórios (cidades, estados, países) também podem ser inovadores, à medida que sejam capazes de criar condições para que as capacidades instaladas sejam bem utilizadas e que possam ter uma utilização inteligente. É o chamado ecossistema, onde os atores locais interagem e cooperam de forma a criar um ambiente propício e estimulante a práticas inovadoras.

Com isso, buscamos um ambiente que cultive a crença de que a inovação não vem apenas das lideranças ou empresas, mas que pode partir de qualquer pessoa, em qualquer posição. É a cultura da inovação, na qual as pessoas compreendem que manter o status quo não é mais suficiente para competir de forma eficaz, que é necessário buscar novas formas de fazer e obter resultados, em todas as instâncias.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem estado atenta a este cenário, e está atuando como um agente indutor e catalisador junto aos parceiros municipais para que o ecossistema de inovação mourãoense esteja cada vez mais fortalecido.

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]