É hora de empreender

Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem. Peter Drucker

Ouvimos falar tanto em empreendedorismo que acabamos por colocar esse termo na vala comum dos jargões de motivação. Mas gostaria de falar um pouco sobre isso, diante do ano que temos pela frente.

A raiz da palavra empreendedor remete-nos há 800 anos, com o verbo francês entreprendre, que significa fazer algo. A história apresenta inúmeras versões e atualizações, mas quem mais se debruçou sobre o tema foi Joseph Schumpeter, que teve grande influência sobre o desenvolvimento da teoria e prática do empreendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve como a máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e progredir constantemente. De acordo com Schumpeter, sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona.

Ora, se pensamos em Desenvolvimento Econômico, não há como desassociar de empreendedorismo. Pois aquele não acontecerá sem este. Portanto, o estímulo ao empreendedorismo, pode e deve facilitar o alcance do objetivo de gerar empresas e novos empregos, sob diversas formas. Fazê-lo de forma articulada por meio dos diversos mecanismos e órgãos já existentes como, por exemplo, o Sebrae e as diversas incubadoras de novas empresas, e também por intermédio de parcerias com as universidades e empresas privadas nos parece um caminho plausível.

Quando atravessamos épocas de indefinições políticas e econômicas, devemos prestar especial atenção na possibilidade de retração do ímpeto empreendedor. Embora o Brasil tenha níveis relativamente altos de atividade empreendedora, momentos de crise podem induzir ao que chamamos de empreendedorismo por necessidade, o qual não é positivo sob diversos aspectos.

No entanto, é importante ressaltar que o empreendedor, ou candidato a, não deve deixar-se contaminar por perspectivas negativas. Afinal, desde quando você ouve que estamos em momentos difíceis, que políticos roubam, que ondas econômicas sobem e descem? O tempo passa e quem fica esperando o melhor momento para agir corre o risco de não agir nunca.

Obviamente não estou aqui taxando o momento atual de uma simples marola, nem tampouco incentivando investimentos sem as mínimas precauções. O que quero dizer é que devemos buscar um entendimento realista sobre o que está acontecendo, seguir nossas convicções e enfrentar os possíveis problemas com coragem, prudência e equilíbrio. Mas agir! Fazer algo!

Hoje em dia existem inúmeras fontes de informação sobre empreendedorismo, como anda realidade do mercado, mentorias, coaching, consultorias. A decisão não é simples, mas é na crise que muitos projetos de sucesso começam.

Lembre-se: não se preocupe com ideias ruins. Ruim mesmo é não ter ideias.

E, se decidir empreender em Campo Mourão, conte com a Casa do Empreendedor.

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]