Ajuda-nos, senhor, na missão de pai… – por Gilmar Cardoso

“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá” (Exôdo, 20-12)

O Dia dos Pais é uma data comemorativa festejada em todo o mundo. No Brasil, o Dia dos Pais é comemorado no segundo domingo de agosto, sendo portanto, uma data variável.

Inicialmente, a data era comemorada em 16 de agosto, dia de São Joaquim, pai da Virgem Maria e avô de Jesus. No país, a comemoração foi celebrada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.

Pesquisas sobre a origem da comemoração mostram que historicamente existem relatos que apontam para festejos em torno da figura do pai na Antiguidade. Reza a lenda que na Babilônia, cerca de 4 mil anos atrás, um jovem chamado Elmesu, esculpiu em argila, uma mensagem para seu pai, desejando-lhe votos de saúde e felicidade.

Mais recentemente, em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos, idealizada por Sonora Louise Smart (1882-1978). Sua ideia era fazer uma homenagem ao seu pai, William Jackson Smart (1842-1919), guerreiro e veterano na guerra civil, que criou sozinho seis filhos depois de sua esposa morrer no parto e era visto pela filha como um herói. Assim como no caso do Dia das Mães, a data foi pensada com o intuito de fortalecer os laços familiares.

Em 1910, com a ajuda de uma entidade de jovens cristãos de sua cidade, Sonora enviou à Associação Ministerial de Spokane, em Washington, a sua petição para que a data fosse oficial. Assim, o primeiro Dia dos Pais foi comemorado no dia 19 de junho de 1910, aniversário do pai de Sonora.

Depois da primeira celebração, a data difundiu-se por todo o estado de Washington e, em seguida, por todas as regiões dos Estados Unidos. Desde então, o Father’s Day (Dia dos Pais) é celebrado por lá no terceiro domingo do mês junho. No entanto, a data só foi oficializada em território estadunidense no ano de 1966, pelo Presidente Richard Nixon. Em 1972, tornou-se feriado nacional.

Em solo brasileiro, as primeiras comemorações do Dia dos Pais datam do início da década de 50. Em 14 de agosto de 1953, o publicitário Sylvio Bherinh preparou um concurso para homenagear três tipos de pais: com maior número de filhos, o mais jovem e o mais velho. Na ocasião, foram premiados um pai com 31 filhos, outro com 16 anos e, por último, um pai com 98 anos.

Várias entidades da imprensa reuniram-se para promover o evento, o que causou grande repercussão. Após a realização do concurso, o Dia dos Pais no Brasil passou a ser comemorado no segundo domingo do mês agosto, como permanece até hoje.

Descrevi com profunda emoção ao falar sobre o Pai, no poema – Ciclo Vital – “Sentado junto ao meu velho/recordando o que ele passou/falando de antigamente/das coisas que sente/das diferenças da gente/do tempo que voou…/da infância que tão longe ficou/das lembranças/de quando ao lado do seu pai sentou/para ouvir as histórias/que o meu avô presenciou/Papai me diz que ainda sou uma criança/e da sua idade/não tenho nem a metade/Mas que os dias passarão/verei bons tempos/alguns contratempos/Sentar-me-ei com meu filho/e essa é uma inevitável realidade:/o garoto viverá de esperanças/e então já estarei vivendo de saudades/. Através da poesia – Papai -, ao referir-se àqueles que partiram para o oriente eterno, registrei “Não choremos essa morte, meu velho, descanse em paz! Se a terra perdeu um Homem, o céu ganhou um anjo a mais!”.

O carinho e a homenagem do amigo de sempre, àqueles a quem o rei Roberto Carlos cantou, “… olhando seus cabelos, tão bonitos, beijo sua mão e lhe digo: – meu querido, meu velho, meu amigo!”.

O Pai é a primeira pessoa divina da Santíssima Trindade. O coração de um pai é um mistério de amor e ternura, que nunca um filho acaba de compreender senão quando é pai. Quase nunca tem bons filhos um pai, que foi mau filho. Qualquer pai deve esperar de seus filhos aquilo que fez a seu pai.

Quem honra seus pais, a si mesmo se honra!

Um pai dentro do lar é uma coluna forte para sustentar uma família. O próprio Cristo, no momento de angústia e dor, exclamou: “- Pai, em tuas mãos me entrego!”.

O pai é o artista do amor, porque: faz sua vida ser vida de alguém, compartilha seu ser com os filhos que tem, por isso, neste dia ao pai dedicado, Senhor, eu quero dizer “Obrigado!”; pois sempre ao lado da mãe, o pai, ensinou-nos a amar a Ti, também Pai e Senhor.

Só que está cada dia mais difícil ser pai!

PAI, três letras, apenas. Mas com um sentido profundo. Céu, também só têm três letras, no entanto, é a redenção do mundo!

Por tudo o que temos e somos, pela nossa Família, pelo dom da vida, e nessa data em especial, pelo seu dia, PARABÉNS E MUITO OBRIGADO!

* Gilmar Cardoso, advogado, poeta, membro do Centro de Letras do Paraná, da Academia Mourãoense de Letras e pai das meninas Lydia Luyza e Lygia Gabryelle.