Acusada de matar mulher na região e esconder corpo em geladeira é presa

Uma mulher acusada de matar Vanusa Pereira da Silva, de 25 anos, e esconder seu corpo dentro de uma geladeira na cidade de Janiópolis, foi presa pela Polícia Militar no município de Mariluz, cidade distante 53 quilômetros de onde ocorreu o crime. O assassinato aconteceu em dezembro de 2022.

De acordo com a Polícia Militar, a acusada foi abordada durante patrulhamento de rotina de uma equipe policial na Rua Presidente Floriano Peixoto, nas proximidades do estádio municipal. Os policiais realizavam patrulhamento quando avistaram a mulher caminhando pela via.

Ao notar a presença da viatura, ela demonstrou sinais de nervosismo, o que motivou a abordagem por parte dos policiais. Ao conferir a documentação da acusada via sistema, a equipe constatou um mandado de prisão em aberto pela justiça da Comarca de Goioerê contra a mulher. Ela foi presa e encaminhada ao presídio feminino do município. Em maio de 2023, um casal acusado de participar do crime também foi preso pela Delegacia de Homicídios de Cascavel, em Santa Tereza do Oeste.

O crime

O corpo de Vanusa foi encontrado dentro de uma geladeira na casa em que ela morava em Janiópolis, na madrugada do dia 7 de dezembro. Na época, a Polícia Militar informou que ela se relacionava em um trisal com um homem e outra mulher.

Dentro do refrigerador, Vanusa foi encontrada enrolada em um cobertor com pó de cal espalhado pelo corpo. A substância, conforme os policiais, foi usada para diminuir o odor. Segundo a PM, a mulher acusada do crime pediu para o próprio irmão ligar para a polícia e relatar que o corpo estava no local. O homem suspeito de envolvimento no caso havia chegado há pouco tempo à cidade.

Dias antes de sumir, Vanusa foi até a casa do irmão. Era ele quem mantinha a guarda da filha. “Ela chegou e disse que queria muito ver a menina. E que, possivelmente, seria a sua despedida. Seria a última vez que a veria. Diante do que ela disse, acreditamos que já estava sendo ameaçada de morte”, relatou a irmã Simone, em entrevista à TRIBUNA, na época do crime.

O cenário do crime, descrito por vizinhos como “macabro”, é uma residência em alvenaria. São dois quartos e uma cozinha junto a sala. Era alugada por homens de outras cidades que, ali vinham para trabalhar com madeira. O dono do imóvel mora em Maringá. Contou que sempre teve problemas com a casa que é uma herança da mãe, morta há alguns anos. Nos últimos meses ele a alugava aos lenheiros. Mas quando foram embora, um deles pediu para ficar mais duas semanas. Ele deixou.

Segundo a família, Vanusa foi morta em consequência de traumatismo craniano. Segundo a irmã Simone ela levou uma pancada muito forte na cabeça, perdendo massa encefálica. Além disso, no seu corpo foram identificadas algumas perfurações. Após o crime, os autores derrubaram a geladeira, tiraram as divisórias e colocaram o corpo. Na tentativa de evitar cheiro, jogaram cal virgem. Por fim, fecharam a porta da geladeira e desapareceram. Um martelo foi encontrado escondido atrás do sofá da sala. E algumas ferramentas, como chaves de fenda, permaneciam sobre um móvel da cozinha.