Assassino da nora de 16 anos em Campo Mourão está foragido há oito meses
Dia 10 de julho completaram-se oito meses que Valdir Mendes Gomes, de 48 anos, assassinou a nora, Patrícia Kauane Santos de Mello, de 16 anos, no Jardim Tropical, em Campo Mourão. Apesar de ter a prisão decretada pelo Poder Judiciário, até hoje ele continua foragido. A adolescente foi morta a golpes de facão, na frente da filha de 2 anos de idade, no dia 10 de novembro de 2020.
Os golpes desferidos pelo sogro mutilaram os braços, pernas e pescoço de Patrícia, que morreu na hora. O autor do crime fugiu para o mato e desde então nunca mais foi encontrado pela polícia. “A prisão preventiva dele foi expedida pela 1ª Vara Criminal, mas não há pistas do paradeiro”, disse o delegado chefe da 16ª SDP, Nilson Rodrigues da Silva. Com a entrada em vigor da Lei de Abuso de Autoridade, a Polícia não pode divulgar fotos de criminosos para a imprensa.
Desde a data do crime a criança, que foi quem pediu socorro aos vizinhos, está abrigada no Lar Miriã, sob a tutela do Poder Judiciário. Com as visitas suspensas por conta da pandemia de Covid-19, em tese, ela não tem contato presencial com familiares desde que foi abrigada na instituição.
Hermínia Camargo (mãe de coração de Patricia), disse em entrevista à TRIBUNA no fim do ano passado que as brigas entre o sogro e nora eram frequentes. O homem queria que ela, o esposo e a filha saíssem da casa dele. No dia da briga, segundo a polícia, Patrícia chegou a armar-se com um machado para se defender, mas não teve chance. Após receber o primeiro golpe, correu mas foi alcançada e derrubada no quintal pelo sogro, que com um dos pés sobre o corpo da moça, golpeou no pescoço.
“Ela sempre reclamava do sogro. Me dizia que ele a chamava de vagabunda. Jogava na cara dela que ali não era a sua residência”, contou Hermínia, ao acrescentar que por várias vezes aconselhou a jovem que saísse da casa, mas por falta de recursos financeiros ela continuou lá. “É muito triste você criar uma pessoa com tanto amor. E depois ver um homem tirar sua vida como ele fez”, completou Hermínia.