Com policiamento compartilhado com Farol, Janiópolis cobra efetivo exclusivo do Estado

A falta de efetivo policial na área de abrangência do 11ª Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Campo Mourão, tem se tornado um grave problema de segurança pública. Principalmente nos pequenos municípios da região. Além da pouca quantidade de policiais que se dividem em turnos de trabalhos, algumas cidades chegam ao cúmulo de ter o policiamento compartilhado entre elas.

Um exemplo clássico acontece na cidade de Janiópolis, com pouco mais de 6 mil habitantes. Já há algum tempo a Polícia Militar (PM) é compartilhada com Farol. Ou seja, uma mesma equipe atende os dois municípios ao mesmo tempo. Se é que é possível.

Diante da situação, o prefeito de Janiópolis, Ismael Dezanoski (PSD), encaminhou ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, coronel Rômulo Marinho Soares, solicitando, com urgência, policiamento exclusivo para a cidade. 

“A maneira como estamos vivendo tem aumentado o clima de insegurança nos moradores. Uma situação inaceitável o que vem acontecendo na área de segurança pública no nosso município”, desabafou 

A ausência da Polícia Militar tem gerado reclamação da população.  Nesta semana, por exemplo, bandidos entraram em uma residência, renderam a família e roubaram um veículo. O fato aconteceu justamente no momento em que a viatura da PM estava em Farol.

Dezanoski disse que o problema é antigo. Ele falou que desde o ano passado vem cobrando para que o 11º BPM mantenha uma equipe exclusiva para Janiópolis. O que não ocorreu. “Lamentavelmente o atendimento da Polícia Militar aqui em Janiópolis é compartilhado com Farol. E segundo o comando da PM é por falta de efetivo. Estamos sofrendo muito com isso”, afirmou.

O prefeito informou que em agosto do ano passado se reuniu com o comando do 11º Batalhão de Polícia Militar de Campo Mourão e o Conselho de Segurança. Mas até o momento as tratativas não surtiram efeito. “Desde então estamos tentando uma solução, mas sem sucesso”, frisou. 

Motivado pela pressão da população e preocupado com a falta de segurança pública, o prefeito disse que agora está fazendo a cobrança para mais efetivo diretamente à Secretaria de Segurança Pública. “Encaminhamos ofício e estamos aguardando um retorno. A cidade não pode mais esperar. Já esperamos demais”, disse, ao comentar que segurança pública, a exemplo da saúde, são serviços essenciais à população e de “alta prioridade”. “Não podemos ficar à mercê da sorte”, ressaltou.