Crime misterioso em Goioerê é desvendado mas corpos do casal ainda não apareceram

Com a prisão de Lucas Vinicius Pimenta, popular “Luquinha”, na madrugada de domingo (20), em Campo Mourão, a Polícia de Goioerê espera ter desvendado o crime contra o casal Kawany Cleve e Rubens Biguetti, desaparecido desde o dia 3 de agosto. Com ele são nove pessoas presas por terem participado, de alguma forma, do crime. A Polícia já não tem dúvidas que o casal foi executado, porém nenhum dos presos revelou onde estão os corpos.

“Todos eles negam conhecer o paradeiro dos corpos, mas já se sabe que os dois foram sequestrados e executados”, disse à imprensa o delegado responsável pelo caso. A expectativa é que Luquinha possa revelar o local onde o corpo do casal teria sido enterrado, o que ainda não ocorreu até a tarde desta segunda-feira (21). Ele seria comparsa de Mauro José Cavalcante Sobrinho, vulgo “Ceará”. Juntos, eles teriam praticado diversos crimes.

Para os policiais de Goioerê que trabalham no caso, Luquinha pode ser a chave do “quebra-cabeça” que envolve o desaparecimento e a execução do casal. Ele foi preso depois de ter uma foto divulgada pelo jornal Tribuna da Região, de Goioerê. A quadrilha acusada de envolvimento direto com o crime é formada por pelo menos nove integrantes, todos de Goioerê. 

O primeiro a ser preso, no início de junho, foi Jonata Cavalcante, conhecido como “Dionin”. Ele era companheiro de Suziane, que também está presa, apontada como principal articuladora da execução do casal. Ela teria sido denunciada por Kawany sobre envolvimento com o tráfico, o que resultou na prisão de seu companheiro “Dionin”. Em áudio que a imprensa de Goioerê teve acesso, Kawany diz que por este motivo “Ceará” estaria fazendo ameaças a seu marido Rubens.

Suziane, que teria ameaçado Kawane de morte depois da prisão do companheiro, teria atirado três vezes no rosto dela, no dia que o casal foi executado. “Ceará”, preso desde o dia 16 de agosto, é apontado como o mentor do sequestro e execução. Ele teria atirado duas vezes em Rubens. Alessandro Benatti “Mohamed” é quem teria levado Suziane até a emboscada e ajudado no desaparecimento dos corpos.

Alessandro Farias, o popular “Grilo”, teria atraído o casal Kawany e Rubens para a emboscada, com o pretexto de vender uma arma para Rubens. No dia  do desaparecimento eles teriam ido comprar a arma de “Grilo”, uma vez que Rubens estaria sendo ameaçado.

Um advogado envolvido também teve prisão preventiva decretada, foi encaminhado para Cruzeiro do Oeste, mas por motivo de segurança foi remanejado para Curitiba. Ele teria vendido a arma usada por Suziane para matar Kawane.

Jóias 

Conforme informações divulgadas pelo jornal Tribuna da Região, outro preso, James Ademir Pereira, teria participado do  furto na casa de Kawany no dia seguinte ao desaparecimento do casal. A ação teve apoio de Suziane. 

Fidelicio dos Santos, vulgo Tião Negão, também foi preso juntamente com Suziane. Ele atuava como avião do ponto de drogas e acompanhava toda a movimentação da “boca de fumo”, que seria mantido por ela.