Mulher denuncia que foi vítima de estupro dentro da própria casa em Campo Mourão

Uma mulher de 36 anos de idade, moradora do Conjunto Habitacional Avelino Piacentini, procurou a TRIBUNA para denunciar que foi vítima de estupro dentro de sua própria casa. A violência sexual, segundo ela, aconteceu ainda na sexta-feira (4), mas só teve coragem de tornar o caso público à imprensa nesta terça-feira (8). A moradora disse que foram três horas de “inferno” nas mãos do acusado, um rapaz, conforme ela, de 28 anos. Como o caso ainda está sob investigação pela polícia, a reportagem não vai divulgar os nomes das partes envolvidas.

A vítima disse que sofre de depressão e ansiedade e que se separou do esposo há pouco tempo. Segundo ela, o acusado a encontrou na rede social Facebook, iniciando uma conversa. “Ele começou a me chamar no Facebook dizendo que queria me conhecer. Até forçou a barra. Eu estava passando mal e ele falou que queria me conhecer e me ajudar. Como acreditei que era um cara legal, eu aceitei”, relatou.

Após as investidas do rapaz, ela aceitou conhecê-lo e passou seu endereço, onde ele foi na noite de sexta-feira (4). A vítima mal sabia que estaria abrindo a casa para um homem que mais tarde a estupraria. No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, a TRIBUNA teve acesso ao documento, a mulher relatou que o agressor, assim que entrou em sua casa já foi dizendo que teria ido ao local para ‘transar’. “Eu não vi aqui para conversar, eu vim para a gente transar”, teria dito ele, conforme relato da mulher no boletim policial.

A vítima relatou que disse então ao rapaz que não estava bem porque faz uso de medicamento controlado por estar depressiva e que mesmo assim o acusado a puxou pelos braços, a levou para o quarto, apagou as luzes e a estuprou, mesmo após ela ter pedido para que parasse. Durante a violência sexual, a vítima ficou ferida. O lençol da cama, inclusive, ficou todo sujo de sangue, conforme relatou no boletim de ocorrência, que consta também a informação de que o agressor trabalha em um supermercado e reside no Jardim Lar Paraná, na Avenida John Kennedy.

Envergonhada do que aconteceu e com medo, a mulher só procurou a Polícia Civil para denunciar a violência no domingo (6). Ela informou que foi estuprada por cerca de duas horas ou mais e que decidiu levar o caso à imprensa para que mais mulheres não sejam vítimas do homem que a violentou.

A vítima informou que fez o exame de corpo de delito e passou também pelo Hospital Santa Casa, onde tomou os remédios preventivos. “Foram três horas de inferno total. Na Santa Casa tomei 12 remédios e duas injeções e fiz exames”, relatou. “Meu medo é que o estuprador saiba onde eu moro”, preocupou-se.

A mulher disse à reportagem que o acusado tapou sua boca e, durante o ato, disse que seria pior se ela continuasse chorando. “É um sadomasoquista da pior espécie”, descreveu, ao comentar que foi ameaçada de morte pelo indivíduo. “A polícia falou para eu aguardar. Mas eu não consigo nem sair na rua de medo. Acredito que ele só não apareceu aqui de novo porque falei que procurei a polícia”, disse.

A vítima disse que ainda dará mais um depoimento à polícia e entregará também às autoridades o lençol sujo de sangue, que servirá de prova. Ainda conforme a mulher, o agressor excluiu as conversas e mandou mensagem a ela de outro número de celular. “Foi horrível o que aconteceu”, falou, ao comentar que ainda sente dores no pescoço porque foi enforcada durante o ato. “Estou com tudo trancado”, disse. A Polícia Civil está investigando o caso.