Patrulha Rural intensifica ações e agrega tecnologia para coibir crimes no campo na região

Após um assalto, nesta semana, a uma família de produtores rurais na comunidade do Guarani, em Mamborê, com pronta resposta por equipes da Polícia Militar, cujas ações terminaram com um ladrão baleado e preso e recuperação de parte dos bens das vítimas, o tenente-coronel Adauto Nascimento Giraldes Almeida, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar de Campo Mourão, concedeu entrevista nessa quarta-feira (10) à equipe da TRIBUNA, em que comentou sobre ocorrências de crimes na zona rural, que tem sido frequentes em municípios da Comcam.

Almeida lembrou que o batalhão de Campo Mourão é pioneiro na implantação da equipe especializada denominada “Patrulha Rural”. Segundo ele, antes de a Secretária Estadual de Segurança do Paraná implantar a Patrulha Rural em todo o Estado em junho deste ano o 11º BPM já contava com as equipes. E, conforme o comandante, a Patrulha tem se empenhado para coibir ações criminosas na área rural em toda a Comcam.

Para isso, além de ter implementado novas tecnologias, como aplicativo com dados georreferenciais das propriedades e treinamento aos policiais, a Patrulha Rural mantém em torno de sete grupos de WhatsApp com produtores rurais cadastrados, que a qualquer situação podem acionar a polícia pelo próprio aplicativo. “Agora com a plataforma nova de governo implementamos ainda mais nossas equipes para dar respostas mais rápidas para qualquer situação”, falou o comandante.

Atualmente, o 11º BPM de Campo Mourão conta com duas equipes da Patrulha Rural. Almeida comentou que as ações criminosas que acontecem na região são quase sempre planejadas pelos criminosos. Para isso, o serviço de inteligência da Polícia Militar atua em conjunto com a Polícia Civil na troca de informações para prevenir que estas ações aconteçam.

Almeida destaca também a importância de os proprietários de áreas rurais investirem em sistemas de segurança como câmeras, por exemplo, para inibir as ações de bandidos. Além disso pede que toda ação suspeita seja denunciada à polícia, tanto pelo Aplicativo 190-PR, quanto nos grupos de WhatsApp os quais os produtores participam. “Quanto mais rápidos nos acionarem mais rápido conseguimos agir também”, destacou.

Tecnologia contra o crime

O batalhão de Campo Mourão recebeu em junho deste ano uma viatura nova acompanhada com um aparelho celular com aplicativo para georreferenciamento das propriedades. A nova tecnologia tem um sistema para consulta e cadastro de informações de propriedades rurais. O aplicativo de celular permite a integração entre a base de dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o sistema da Polícia Militar. Assim, será mais rápido levantar informações como quais e quantos animais a propriedade possui, os limites físicos de cada fazenda, onde estão as reservas legais, maquinários utilizados no local, entre outras informações importantes.

O comandante explica que, muitas vezes, o levantamento de dados básicos para uma ação rápida como resposta às ocorrências é um percalço no trabalho policial. Segundo ele, às vezes a polícia encontra dificuldade porque não sabe dados do maquinário, a marca quente na criação de gado ou então até dados simples como características de carros estranhos passando na região. “É importante conhecer informações básicas da propriedade rural até essas questões de observação dos moradores do entorno de onde aconteceu uma determinada situação”, ressalta.

O comandante da Patrulha Rural de Campo Mourão, subtenente Marco Antonio, informou recentemente em entrevista ao jornal que está sendo feito um cadastramento detalhado das propriedades rurais no aplicativo da Patrulha Rural.