Polícia Civil de Campo Mourão desenvolve projeto para atendimento de casos de pessoas desaparecidas

A polícia Civil de Campo Mourão está desenvolvendo no âmbito da 16ª Subdivisão Policial, projeto que cria o Fluxo de Investigação Criminal para casos de desaparecimento de pessoas. A medida tem como base o fluxo já aplicado pelo SICRIDE (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas) da Polícia Civil do Paraná, adaptado com outros critérios considerando a realidade local, para a integrar as bases investigativas da polícia.

Concomitantemente será proposto à Câmara Municipal de Campo Mourão, a criação de um Projeto de Lei que cria a Rede de Atendimento a Vítimas e Familiares de Pessoas Desaparecidas.

Caso a lei seja criada, pelo programa, familiares de pessoas desaparecidas passarão a ter suporte necessário para acompanhamento médico especializado de forma prioritária, tanto em casos clínicos quanto psicológicos e psiquiátricos. Isso a partir do momento que notificarem a ocorrência do desaparecimento.

O delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nilson Rodrigues da Silva, comenta a importância do projeto. Ele destaca que a iniciativa visa o aprimoramento de técnicas investigativas qualificadas e próprias da Polícia Judiciária. Conforme o delegado, os policiais que irão compor a equipe que atenderão casos de desaparecimento passarão já na próxima semana por qualificação e treinamento de acordo com o protocolo proposto.

Silva frisou que desde o mês de março deste ano as técnicas vêm sendo aplicadas com sucesso no quesito localização de pessoas desaparecidas. “Quanto à proposta do Projeto Lei que será em breve apresentado para os vereadores da cidade, temos grande expectativa de sua aprovação, visto que, por meio dele, as pessoas que sofrem amplamente com familiares desaparecidos, terão, em tese, um atendimento completo e prioritário”, observou.

Silva acrescentou que a Polícia Civil em parceria com outros órgão policiais farão os trabalhos especializados nas buscas e investigações, enquanto os órgãos municipais darão o suporte necessário atentos à saúde dos envolvidos. “Ou seja, a preocupação não pode ser somente com quem está desaparecido, mas sim também com seus familiares”, afirmou.