Polícia indicia professora da rede pública como coautora de estupro

Uma investigação da Delegacia de Polícia Civil da Mulher terminou com o indiciamento de uma professora da rede pública estadual de ensino  como coautora de um estupro de vulnerável O crime ocorreu em novembro de 2018, na cidade de Pato Branco. A identidade da acusada não foi divulgada. 

De acordo com a Polícia Civil,  durante a aula da professora, para uma turma do 6º ano do ensino fundamental, uma adolescente de 12 anos praticou sexo oral em dois colegas da mesma idade. Segundo a menor, ela teria sido coagida por ambos para a prática. O abuso teria ocorrido durante a exibição de um filme.

A vítima relatou à polícia que após o término da aula, foi levada pelos dois colegas para um matagal nos fundos da escola, onde, diante de ameaças, foi obrigada a manter relação sexual com os estupradores. 

Alunos da turma foram ouvidos e confirmaram o fato, sendo que dois deles disseram ter avisado a professora sobre o que ocorria no fundo da sala, mas ela não deu a devida atenção. Uma colaboradora da escola também informou que ao passar pela porta da sala, ouviu muita algazarra e entrou, pois imaginou que a professora estava ausente. Após chamar a atenção dos alunos, foi avisada por um deles que a professora estava em sala e, somente então, visualizou-a atrás de um armário, “concentrada em seu notebook”.

“Mesmo alertada sobre o abuso sexual que ocorria, além de nada fazer para contê-lo, a professora deixou de comunicar o fato a direção, que somente tomou ciência do ocorrido no dia seguinte, após uma das alunas da sala contar para uma colaboradora da escola”, informou a polícia. 

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Franciela Biava, na posição de professora, a indiciada tinha o dever de agir para evitar o abuso e de tomar as providências. “Mas não o fez, mesmo dispondo de condições para tanto”, falou a delegada.

Em depoimento à polícia, a professora alegou ter permanecido durante todo o tempo em contato visual com os alunos, afirmando não entender como os fatos ocorreram. Ela negou ter sido alertada sobre o que estava acontecendo no fundo da sala. Os dois adolescentes foram reconhecidos como autores do ato. Se condenada, a professora poderá cumprir entre 8 a 15 anos de prisão. 

Com informações da Polícia Civil.