Policiais rodoviários de dois postos da região são alvos de investigação do Gaeco

A Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão contra policiais rodoviários estaduais suspeitos de cobrar propina de transportadores de mercadorias contrabandeadas do Paraguai. Eles também são suspeitos de usar familiares deles para ocultar os valores recebidos de forma ilícita, segundo a investigação.

Entre os postos onde foram cumpridos os mandados, estão dois da região de Campo Mourão: em Peabiru e Goioerê. No cumprimento dos mandados, conforme a PM, houve a apreensão de munições ilícitas, armamento sem registro e cerca de R$ 22,8 mil em espécie, além de uma barra de metal semelhante a ouro pesando 52 gramas. Um policial rodoviário estadual foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Conforme o Ministério Público, os mandados tiveram por objetivo o recolhimento de aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos que possam auxiliar na apuração de possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Peabiru e Goioerê, mandados foram cumpridos também nas cidades de Cruzeiro do Oeste, Umuarama, Iporã, São Jorge do Ivaí, ngulo, Londrina e Iguaraçu. Também foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão em armários de policiais nos postos PRE de Floresta e Rolândia.

Conforme o Gaeco, as investigações tiveram início em dezembro de 2020, a partir do compartilhamento de provas da Vara Federal de Umuarama. As investigações estão sendo feitas pelos núcleos regionais do Gaeco de Cascavel e Londrina.

“Há indícios de que policiais rodoviários estariam cobrando propina de transportadores de mercadorias contrabandeadas, e alguns deles estariam utilizando parentes para ocultar a origem dos valores obtidos ilicitamente”, ressalta o Gaeco.