Sumiço de casal completou seis semanas sem pistas dos corpos

Completou seis semanas o desaparecimento do casal de Goioerê Kawane Cleve, 23, e Rubens Biguetti Junior, 29, sem que a Polícia tenha descoberto qualquer pista sobre o paradeiro. Eles sumiram no dia 3 de agosto, data em que o bebê deles, de quatro meses de idade, foi encontrado abandonado na frente de uma residência no Jardim Curitiba. 

A única coisa que a Polícia encontrou, no dia seguinte, foi o carro do casal, queimado na zona rural de Moreira Sales. As buscas nas redondezas tiveram apoio de cães farejadores, helicóptero e até forças especiais de Curitiba, mas sem êxito. Uma mulher suspeita de participação no crime (Suziane dos Santos) foi presa, mas nega o envolvimento.

Na mais recente entrevista à imprensa de Goioerê, o delegado que está cuidando do caso, Adailton Ribeiro Júnior, demonstrou pessimismo. “Pode ser até que os corpos nunca sejam encontrados”, previu. Ele lembra que a área com potencial de buscas é muito grande, o que impossibilita um “pente fino”.

“Estamos aguardando alguma informação concreta e isso pode demorar ou pode nem acontecer. Mas mesmo assim esperamos que os envolvidos neste crime sejam julgados e condenados”, complementou o delegado.

Pelas características do sumiço e histórico do casal na cidade, a principal hipótese é que Kawane e Rubens foram sequestrados. A mãe de Kawany, Leia Grejanin, que é casada com um policial civil, diz que os dois saem todos os dias em busca de pistas por trilhas em matas da região. 

Em entrevista à imprensa, ela disse que não teve mais sossego desde que a filha desapareceu. “É muito tempo de espera”, diz a mãe, que quase não dorme e emagreceu. A família chegou oferecer recompensa de R$ 5 mil reais por informações que possam ajudar na investigação, mas as ligações até agora não ajudaram em nada.