Leonilda Souza: quando o voto é questão de honra

Eram dez horas e vinte minutos deste domingo (2), quando dona Leonilda dos Reis de Souza, 74 anos, deixava o local de votação, no Colégio Estadual Dom Bosco, no Lar Paraná em Campo Mourão.

Mesmo não sendo mais obrigada a votar – o voto é facultativo para pessoas acima de 70 anos – ela se dispôs a sair em pleno domingo de sua casa, encarar uma longa fila e fazer valer o seu direito. Para dona Leonilda, como disse ela mesmo, ‘votar é uma questão de honra’.

Sorridente e bastante simpática, ela conversou rapidamente com a reportagem da TRIBUNA. Disse que jamais deixou de votar. Para ela, o voto não deveria ser obrigado.

“As pessoas deveriam votar por acreditar que sua participação no processo faz a diferença. Deveriam votar por gostar, por participar da democracia. Por responsabilidade mesmo. Eu voto porque gosto de estar aqui. Além disso, é um direito meu que vejo como dever. Como vou cobrar depois”, observou.

Como outros milhares de mourãoenses e brasileiros, Leonilda acredita em um País melhor. Para isso, cobra ela, os ‘políticos devem levar a política e o brasileiro a sério’. “Muitos são eleitos e só pensam na coisa errada prejudicando nós que os elegemos”, lamentou.

Mais um domingo na vida de Leonilda, mais uma eleição, e principalmente, a consciência de que está fazendo a coisa certa. Depois do voto, lá foi ela, para casa, preparar o almoço para a família.