Comcam tem mais de 5 mil casos de dengue e passa de 10 mil notificações

A região de Campo Mourão registrou 1.179 novos casos de dengue em uma semana, atingindo 5.059 confirmações. A informação consta no novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Conforme os dados, a Comcam tem ainda 10.295 notificações e 7.775 casos prováveis da doença.

Do total de casos confirmados nos 25 municípios de abrangência da 11ª Regional de Saúde, 4.855 são autóctones, ou seja, transmitidos no município de residência dos infectados. Os números demonstram que Terra Boa é a cidade com maior número de moradores infectados: 2.497, em seguida Campo Mourão, com 762, e Ubiratã: 428.

“Infelizmente o cenário se mostra cada vez mais preocupante mesmo com os municípios adotando várias ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti”, observou o chefe da 11ª Regional, Eurivelton Wagner Siqueira, ao ressaltar à população a importância da prevenção reforçando os cuidados na eliminação de focos do Aedes aegypti.

Os casos de dengue por cidade na Comcam são: Altamira do Paraná (4); Araruna (31); Barbosa Ferraz (91); Boa Esperança (222); Campina da Lagoa (36); Campo Mourão (762); Corumbataí do Sul (394); Engenheiro Beltrão (23); Farol (18); Fênix (25); Goioerê (19); Iretama (9); Janiópolis (8); Juranda (16); Luiziana (25); Mamborê (137); Moreira Sales (39); Nova Cantu (6); Peabiru (15); Quarto Centenário (143); Quinta do Sol (11); Rancho Alegre D’ Oeste (99); Roncador (1); Terra Boa (2.497); e Ubiratã (428).

Até o momento, conforme a Sesa, não há óbitos pela doença na região no atual período sazonal. Porém, no Paraná, são 32 mortes por dengue; 171.361 casos notificados e 67.655 confirmações. Somente da semana passada para esta foram 11 pessoas mortas em decorrência da doença, sendo quatro mulheres e sete homens entre 41 e 90 anos.

A Sesa informa que dos 382 municípios que registraram notificações de dengue, 335 confirmaram a doença. Em 298 deles há casos autóctones. Dados provenientes de um levantamento entomológico realizado pelos municípios e informado à Secretaria da Saúde, mostraram que criadouros como lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, são os principais depósitos passíveis de remoção e representam 38,2% dos criadouros encontrados.

O segundo grupo mais relevante para o ciclo de vida do mosquito são depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção (sanitários estocados, etc.) e objetos religiosos. Outro depósito importante que corresponde a 16,5% dos criadouros são os locais de armazenamento de água, no solo, como as cisternas e caixas d’água.