Comunidade fará carreata a Santa Paulina em Luiziana

O dia de Santa Paulina será comemorado com uma carreata pelas principais vias de Luiziana no próximo dia 9 deste mês, data em que é celebrado o dia da santa. O líder comunitário e devoto de Santa Paulina, Nilton Tasca, disse que o movimento terá saída a partir das 19 horas, na Gruta Paulina, localizada na Rua João Costin, nº 48, na entrada da cidade.

Durante o trajeto, com a imagem da Santa, será realizada a bênção das famílias pelo padre Pedro Liss. A chegada à Paróquia Nossa Senhora Aparecida está prevista para às 19h30, quando será realizada a Santa Missa e louvor à Santa, celebrados também por Liss. Segundo Tasca, um grande número de participantes é esperado para a celebração. “Convidamos toda a comunidade católica e não católica também a participar deste evento em homenagem à Santa Paulina. Será um momento de muita fé e reflexão”, frisou.


Gruta de Santa Paulina

A família de Tasca construiu há algum tempo uma gruta no quintal de casa após receber uma graça atribuída a Santa Paulina. Desde então, já se passaram 20 anos e o espaço que era usado apenas pela família para pequenas celebrações e cultos está pequeno para o grande número de pessoas que fazem orações no local. “Muitas famílias visitam diariamente a gruta”, disse Tasca.

Ele explicou que a construção da gruta em sua casa foi o pagamento de uma promessa. “Prometi à Santa que, se minha mãe recebesse uma graça e não tivesse que fazer uma cirurgia para retirada de um câncer, nós iríamos construir uma gruta de Santa Madre Paulina aqui em casa”, explicou Tasca ao comentar que sua mãe recebeu a graça. “Temos que agradecer sempre pela cura do câncer da mãe. Nós atribuímos a cura a Santa”, disse.

Dona Leonor Marques Tasca, 83 anos, agraciada pelo milagre, explicou que tudo começou em 2004, quando passou a sentir dores e descobriu que tinha um tumor no pâncreas. “Foram muitos exames e consultas feitas pelos médicos de Campo Mourão. Eles queriam me operar. Meu filho me levou para Curitiba, no Hospital Erasto Gaertner e lá também foram muitas viagens e exames. Só Deus sabe o sofrimento que eu passei”, recordou.

Ela lembrou que a família já vinha guardando dinheiro para ajudar a pagar as despesas da cirurgia e das viagens. “Aí o Nilton fez o pedido a Santa Madre Paulina que me ajudasse com a cura e, graças a Deus e a Santa, hoje não sinto mais nada. Estou curada. Foi um milagre”, comemorou.

Outra pessoa que credita à Santa a cura é a comerciante Barbara Rodrigues. Ao fazer um ultrassom, ela descobriu um cisto no útero. “Fiz acompanhamento médico por algum tempo com muita dor na barriga, uns dois dias antes de repetir o exame eu vim aqui na Madre pedir a bênção e a cura para ela, para que eu fizesse o exame e que não desse nada. Além das orações, eu tomei dessa água da gruta. Quando cheguei em casa, senti uma dor muito forte na barriga”, contou.

No dia seguinte, fez todos os exames e levou os resultados para o médico. “Aí ele me disse: você não tem mais nada, você não precisa mais fazer a cirurgia e não precisa tomar mais medicamentos. Foi a santa que me curou. Foi graças às orações e à água que tomei”, relatou ao comentar que sempre participa das novenas.


Serviço

A gruta de Santa Paulina fica localizada na Rua João Costin, nº 48, na entrada de Luiziana.


A Santa

Paulina do Coração Agonizante de Jesus foi uma religiosa tirolesa canonizada em 19 de maio de 2002 pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de Santa Paulina. Seu nome de batismo era Amabile Lúcia Visintainer.

Filha de Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer, Amabile Lúcia Visintainer nasceu em 16 de dezembro de 1865 em Vigolo Vattaro, ao norte da Itália. Foi batizada no dia seguinte na Igreja de São Jorge e seus padrinhos de batismo eram os camponeses Carlo Dallabrida e Orsola Tonnezzer. O pai de Amabile, Napoleone, trabalhava como pedreiro e a mãe, Anna, cultivava um pequeno campo e cuidava da casa.

A partir de 1918, passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida contemplativa. Em 1938, já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela diabetes, que lhe causou várias amputações. Passou os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942.

Em 1965, foi aberto o processo de beatificação de Madre Paulina, e em 1967, seus restos mortais foram exumados e transladados do Cemitério do Santíssimo Sacramento da Catedral de São Paulo para a Casa Geral da Congregação (atual Capela Sagrada Família e Santa Paulina), no Ipiranga, na cidade de São Paulo.

Em 18 de outubro de 1991, foi beatificada pelo Papa João Paulo II por ocasião da sua visita a Florianópolis. Foi, por fim, canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não sendo nascida no Brasil.