Em 1º turno, vereadores mantêm salários de políticos e reduzem diárias em Janiópolis

Por maioria de votos os vereadores de Janiópolis aprovaram, em primeiro turno, na sessão de segunda-feira (21), os salários a serem pagos aos políticos do município a partir da próxima gestão. Uma emenda do vereador Pedro Floriano dos Santos manteve os mesmos salários pagos no atual mandato, contrariando a proposta do vereador José Cláudio do Prado de reduzir drasticamente os salários. 

Já as diárias pagas aos vereadores para viagens terão redução de até 50 por cento na próxima legislatura. O projeto e as emendas modificativas ainda irão a votação em segundo turno, na próxima segunda-feira (30). “Certamente teremos discussão acalorada de novo nesse tema”, prevê o presidente do Legislativo, Elias Velozo Braga.

Se a votação for mantida na próxima semana, o próximo prefeito de Janiópolis continuará com salário de R$ 18,4 mil, o vice R$ 4,2 mil e secretários municipais, R$ 4,5 mil. O salário dos vereadores também fica mantido nos mesmos R$ 4,5 mil. 

O vereador José Cláudio, que propôs a redução, não compareceu na sessão para defender sua proposta. É a terceira sessão que ele não comparece. “Em uma delas ele apresentou atestado médico e nas outras duas disse que não estava bem. Por conta da pandemia, ele tem respaldo para não comparecer nas sessões presenciais e não pode ter o salário descontado”, explicou o presidente. 

O vereador Pedro Floriano, o “Pedrão”, autor das emendas para manter os salários nos mesmos valores, considera demagógica a proposta do colega. “Ele está no quinto mandato e nunca quis reduzir salário”, critica. Em áudio enviado à TRIBUNA, o vereador José Cláudio disse que vai questionar a aprovação da emenda modificativa, que segundo ele não teria sido analisada pelas comissões.

Já o vereador Pedrão argumenta que a redução dos salários prejudicaria a gestão do município na prestação de outros serviços públicos na cidade, já que pela lei nenhum servidor pode ganhar mais que o prefeito. “Qual médico vai querer trabalhar por R$ 9 mil? Que secretário de Saúde vai aceitar um salário de R$ 3 mil?”, questiona.