Escolas da região têm até 19 de dezembro para repor aulas perdidas com greve
A reposição dos 14 dias de aulas suspensas durante a greve dos servidores estaduais entre os meses de junho e julho terá como prazo máximo até o dia 19 de dezembro deste ano nos 51 colégios estaduais de 16 municípios da Comcam, pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE). A informação foi repassada à TRIBUNA pela chefe do Núcleo, Ivete Sakuno.
Ivete comentou que o calendário de reposição foi definido com base em orientação da secretaria Estadual da Educação. Reunimos os diretores que fez o levantamento das ausências em sua escola, sendo elaborado um calendário de reposição de dias letivos e reposição de carga horária, explicou.
O calendário elaborado pela equipe gestora de cada colégio teve aprovação do Conselho Escolar da instituição antes de seguir para análise do Núcleo. Vindo para cá analisamos, aprovamos e acompanhamos a reposição, frisou Ivete. Segundo ela, algumas escolas da região já iniciaram a reposição na semana passada no período de recesso escolar, enquanto outras vão iniciar aos sábados, ou, no caso de reposição de cargas horárias, na sexta aula.
Também quando um professor falta, em vez de o aluno ficar sem aula, o professor que tem necessidade de fazer reposição daquele dia ele e está em hora atividade ele pode entrar na sala de aula para fazer a reposição, falou Ivete. Ela disse que cada escola definiu como será o calendário de reposição das aulas mediante as orientações do Núcleo de Educação. Cada escola tem uma situação. Em numa mesma escola, por exemplo, vamos ter situação de reposição de dias letivos e também de carga horária para os alunos, disse. Ela falou que a reposição está sendo acompanhada pelo NRE em todas as escolas.
Professora Ivete ressaltou que o objetivo das reposições é fazer cm que os alunos recuperem as aulas perdidas durante a greve para que não tenha o ensino aprendizagem prejudicado. Os professores terão o semestre todo para fazer a reposição com qualidade. A maioria já elaborou os calendários já estamos concluindo a análise de todos e vamos fazer o acompanhamento, ressaltou. Uma das coisas que gostaríamos de pedir é que os pais realmente incentivem e orientem seus filhos a participarem das aulas de reposição. É muito importante este estímulo dos pais, emendou.
Tentativas de acordo
A greve teve início no dia 25 de junho, durando três semanas. A categoria reivindicava o pagamento de 4,94% referente à inflação dos últimos 12 meses e a negociação dos atrasados. Conforme o comando da greve, as perdas acumuladas passam de 17%.
No dia 3 de julho, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), propôs um reajuste de 5,09%, em três parcelas, aos servidores. Porém, o reajuste proposto não agradou o funcionalismo, e a paralisação continuou.
A proposta prevê pagamento da primeira parcela, de 2%, a ser paga em janeiro de 2020. As outras duas, de 1,5%, ficariam para janeiro de 2021 e janeiro de 2022, sob a condição de serem pagas apenas se a receita líquida do estado crescer ao menos 6,5%.
No dia 12 de junho o governo apresentou uma nova proposta de reajuste à categoria – que foi aceita pelos servidores. A diferença para a proposta anterior é que o primeiro pagamento, de 0,5%, ocorreria em outubro deste ano e outro 1,5% em janeiro de 2020. No dia 13, os servidores públicos aceitaram a proposta de 5,08% de reajuste, parcelado em três vezes, suspendendo a greve.