Ex-vereador e pai são presos preventivamente na região
O ex-vereador de Nova Tebas, Vaudinei Borgert (PR) e seu pai Gabriel Borgert foram presos preventivamente nesta terça-feira (27) no âmbito da Operação Antagônico II, do Ministério Público, que apura crimes de concussão. Os dois foram presos pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), núcleo de Guarapuava, acusados de falsidade ideológica e ameaças a testemunhas. A TRIBUNA tenta contato com a defesa dos presos.
A Promotoria de Justiça cumpriu anda cinco mandados de busca e apreensão na casa dos acusados. Segundo o Ministério Público, os dois são suspeitos de ameaças a testemunhas no curso de processos administrativo e judiciais e falsidade ideológica. Ambos foram denunciados pelas próprias vítimas – entre elas, está um membro da Comissão Processante instaurada pela Câmara Municipal de Nova Tebas para investigar o caso e que também é testemunha nos processos judiciais nos quais o ex-vereador figura como réu.
Batizada de Antagônico II, a ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As ordens judiciais de busca e apreensão e prisão foram expedidas pela Justiça da Comarca de Manoel Ribas, a pedido do Ministério Público.
Preso em novembro
Vaudinei Borgert foi preso no dia 10 de novembro de 2018 acusado de extorquir o prefeito da cidade. O crime, segundo o Ministério Público, foi praticado por seis vezes no período de um ano. No final de novembro do ano passado, o núcleo do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), de Guarapuava e a Promotoria de Justiça de Manoel Ribas, ofereceram à Justiça denúncia contra o vereador pelo crime de concussão, quando funcionário público exige, mediante coação, pagamento de vantagem indevida.
De acordo com as investigações, Borgert exigia pagamentos mensais do prefeito da cidade que variavam entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. As exigências aconteciam desde o fim de 2017. As investigações apontam que o vereador exigia o dinheiro em troca de manter uma oposição branda, que não fizesse críticas mais efusivas contra a administração e a honra do prefeito. Conforme a Promotoria de Justiça, a denúncia do caso foi levada ao MP pelo próprio prefeito da cidade.
Após o escândalo, a Câmara Municipal instaurou uma Comissão Processante contra o ex-vereador, que terminou cassado por 7 votos a 2. Ele vinha cumprindo prisão domiciliar como uso de tornozeleira eletrônica.
Com informações do Ministério Público.