Família de Peabiru aposta na diversificação de atividades em pequena propriedade rural
O produtor rural Reginaldo Sultoski dos Santos, juntamente com sua esposa Sandra e mais um colaborador, vem apostando na diversificação de atividades em sua propriedade rural, em Peabiru. A modalidade é assistida e orientada pelo extensionista da unidade local do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar/Emater-IDR-Paraná), Jorge Maurino da Silva.
Além da criação de frango de corte e suínos caipiras, os agricultores também cultivam na pequena propriedade milho-verde, mandioca de mesa, quiabo, melancia, melão, banana e feijão. A maioria dos produtos são irrigados por gravidade (aspersão e gotejamento).
Para isso, Santos escavou um tanque em terra firme para armazenar água proveniente de fonte protegida. Isso serve para ampliar ainda mais as atividades no local, pois nesse tanque também são criados peixes, enquanto a água é utilizada na irrigação dos cultivos. Toda a produção é comercializada na própria propriedade, na feira do produtor da cidade e em mercados locais e de Campo Mourão.

O extensionista explica que, mesmo com a diversificação das atividades, a propriedade busca a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Por isso, atende adequadamente às exigências de proteção ambiental (APP e PL), assim como as leis de conservação dos solos, já que o ambiente tem terraços em toda a área explorada.
Silva destaca, ainda, que estudos demonstram que produtores rurais de pequenas propriedades que adotam a diversificação de cultivos têm mais prosperidade na busca por uma renda mensal do que os que se dedicam à produção de grãos, por exemplo. Essa modalidade, conforme o representante da unidade, exige altos investimentos em maquinário, equipamentos e custos de produção, além de só gerar renda, no máximo, duas vezes ao ano.
“Com a diversificação de cultivos, os riscos são amenizados, pois nenhum investimento é 100% seguro, tendo em vista que todos os mercados estão sujeitos a flutuações, condições climáticas entre outros”, explica o técnico.

No entanto, conforme pontua, essa diversificação proporciona melhoria nos aspectos físicos, químicos e biológicos do solo. “As diferentes explorações de culturas fazem com que as plantas que exploram o solo com suas raízes em diferentes profundidades consigam alocar ou recuperar nutrientes ao longo do perfil”, diz, ao acrescentar que, com a exploração de monoculturas ou cultivos sucessivos, isso não acontece.