Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão em prefeitura da região

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura de Quarto Centenário em uma nova fase da Operação Container, que investiga fraudes em licitação de coleta e destinação de lixo em diversas cidades do paraná.

De acordo com o Ministério Público (MP) foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra o atual secretário da Fazenda do município, Marcio da Silva Krachinski. Foram feitas buscas na residência de Krachinski e no seu gabinete, na prefeitura.

Segundo a Promotoria de Justiça, o secretário é investigado pelo possível recebimento de suborno de empresários ligados ao ramo de coleta e destinação de resíduos sólidos.

As investigações são conduzidas pelos Núcleos de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).

Os mandados foram autorizados pela Justiça. Somados, os contratos de Quarto Centenário com a empresa, que são objeto da investigação, passam de R$ 500 mil.

Operação Container

A Operação Container foi deflagrada em 24 de julho de 2018, em conjunto entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Proteção ao Patrimônio Público (Gepatria) de Guarapuava e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A ação apura a prática de crimes de cartel, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva e crimes contra o meio ambiente no âmbito de licitações municipais para contratação do serviço de destinação de resíduos sólidos. Ao menos 19 pessoas envolvidas estão sendo investigadas pelo crime de organização criminosa no âmbito da Operação, que já cumpriu seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão provisória e 36 mandados de busca e apreensão.

Desde o início da operação, buscas foram realizadas em escritórios do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Curitiba e em Francisco Beltrão e em empresas e residências de Araucária, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Nova Esperança do Sudoeste, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Salto do Lontra, Cafelândia, Umuarama e agora Quarto Centenário.

De acordo com as investigações do MP– envolvendo fatos ocorridos a partir de 2014 –, dois grupos empresariais com sede na região Sudoeste organizaram-se para fixar artificialmente o preço máximo das licitações de resíduos sólidos e regionalizar o mercado por municípios, o que caracteriza a prática do crime de cartel. (Com informações do Ministério Público).