Juranda comemora 4 décadas com show e chegada no Papai Noel

O município de Juranda completa 40 anos de emancipação política nesta quinta-feira (16). O aniversário será comemorado com show na praça com a dupla sertaneja Munhoz & Mariano. Além do show também está programada a chegada do Papai Noel com espetáculo do Grupo Sou Arte, de Campo Mourão, na sede do município e nos distritos de Rio Verde (dia 17) e Primavera (dia 18).

Segundo historiadores, em 1945 o município recebeu o nome de uma índia da tribo Carajás (Jurandá), que teria sido aprisionada na região. Na solidão do cativeiro, com saudades de seus familiares, ela acabou morrendo. A partir de então, quando alguma autoridade ou pessoa perguntava aos pioneiros onde moravam, informavam que residiam na região da índia Jurandá. Com o passar do tempo o nome foi assimilado entre os habitantes.

Colonizada pelos imigrantes europeus, como ucranianos, poloneses, italianos e alemães, com o tempo houve a miscigenação com os “brasileiros” de outras regiões, em especial paulistas, mineiros, gaúchos e baianos. No final dos anos 90, chegaram algumas famílias de origem Japonesa. O distrito foi elevado à categoria de município em 1981, desmembrado do município de Mamborê.

Cidade do milagre

Juranda também ficou conhecida no mundo em 2017, quando a Santa Sé reconheceu como milagre a cura do menino Lucas Batista, pela intercessão dos Pastorinhos de Fátima. Naquele ano o Papa Francisco canonizou os Pastorinhos Francisco e Jacinta considerando o milagre do menino como o fator principal. Tanto que Lucas e a família participaram da solenidade.

A história do milagre começou quando no dia 3 de março de 2013 Lucas, de apenas 5 anos, ao brincar com a irmã, caiu da janela do apartamento dos avós, localizado no centro de Juranda e sofreu uma grave lesão cerebral. Os pais, ao verem o filho hospitalizado e em coma, recorreram às Irmãs Carmelitas do Mosteiro de Nossa Senhora do Carmo em Campo Mourão, que reuniram-se em oração pelo menino pedindo a intercessão dos Pastorinhos de Fátima, também crianças.

Desenganado pelos médicos, Lucas recuperou-se acordando do coma, sem sequelas. A cura que já era considerada um milagre pela comunidade local seguiu um longo e criterioso processo de canonização, onde um tribunal eclesial foi montado para que as testemunhas fossem ouvidas e o relatório encaminhado para o Vaticano. Até que em 2017 foi oficialmente reconhecido, reforçando ainda mais a fé católica da cidade.