Justiça condena trio à prisão e perda de R$ 33 milhões por agiotagem e lavagem de dinheiro
O juiz de direito da comarca de Goioerê, Christian Palharini Martins, condenou três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, identificados pelas iniciais J. V. B.; sua irmã, V. A. B.; e J. M. D. a penas que variam de 3, 4 e 7 anos de prisão pelo crime de agiotagem, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Os envolvidos podem recorrer da decisão.
A sentença foi proferida com base em denúncia do Ministério Público. Além da prisão dos acusados, foi determinada a perda de bens: seis caminhões, um carro de passeio, duas motocicletas e R$ 33 milhões.
De acordo com a Promotoria de Justiça, um dos envolvidos, já investigado antes por crimes como ameaça, contrabando, receptação, posse irregular de arma de fogo, inclusive com condenações anteriores, praticava agiotagem, tendo movimentado ao longo dos anos milhões em contas bancárias pessoais e de empresas ligadas a ele.
As investigações do MP comprovaram ser dinheiro resultante de empréstimos a juros que variavam de 3% a 10% ao mês, dependendo das condições pessoais do tomador do empréstimo, que ofertava um cheque como garantia do pagamento.
“Os expressivos valores creditados nas contas bancárias do investigado e de suas pessoas jurídicas indicaram, clara e irrefutavelmente, a prática de crimes de agiotagem, receptação (mercadoria de procedência ilícita) e crimes tributários – sonegação fiscal”, relata a Promotoria de Justiça na denúncia.
Os outros denunciados, entre eles, a irmã do ‘cabeça’ do esquema, conforme apurou a investigação, auxiliavam na lavagem dos valores, uma vez que tinham vários bens de alto custo, como caminhões em seus nomes, comprados pelo agiota.