Legislativo de Campina da Lagoa pode ter troca de cadeiras

Uma ação judicial contra vereadores do Partido Republicanos, de Campina da Lagoa, pode mudar o cenário do legislativo local. Ou seja, uma troca de cadeiras pode estar a caminho. Movido pelo candidato Ivan Kalahari (MDB), o processo – já ganho em primeira e segundas instâncias – tenta anular os votos obtidos pela chapa na eleição de 2020. Tudo porque duas candidatas teriam participado “ficticiamente” do pleito.

Foram dez candidatos pelo Republicanos, alcançando 707 votos. Um deles, Zezinho da Vila, foi eleito com 240. No entanto, a ação demonstrou que duas candidatas – uma com 8 e outra com 3 votos -, terem participado apenas como uma espécie de “figurantes” no processo. “Provamos que as duas tiveram papel fictício nas eleições, inclusive com vídeo”, disseram os advogados de Kalahari, Marllon Dionízio de Oliveira e Franciany Fernanda Vilela Diniz Nespolo.

Segundo eles, com a ação ganha em segunda instância, na última semana, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é quase improvável que o cliente não ocupe a cadeira de Zezinho. No entanto, ainda cabe defesa.

Enquanto todos os recursos perdurem, o atual vereador continua no cargo. Uma das provas aceitas pela justiça foi um vídeo em que uma das candidatas, em conversa com outra mulher, diz que estava na chapa “apenas para preencher um buraco”. “Já a segunda candidata, com 8 votos, nem votou em si mesma. Na sua sessão eleitoral, não foram registrados votos nela”, garantiu Marllon.

Indignado com a ação, Zezinho da Vila diz que se trata de uma “covardia” da justiça. Segundo ele, não existem motivos legais para que seja afastado do cargo. “Como podem dizer que as candidatas eram fictícias se tinham até cabos eleitorais”, questionou. Ainda acreditando numa virada, ele garantiu que já está recorrendo da decisão. Em tempo: Zezinho não cometeu nenhum ato ilegal. O que pesa contra a sua cadeira é a anulação dos votos do partido.

Por sua vez, o autor da ação, Ivan Kalahari, se mostra feliz com as vitórias até agora. “Vejo que a justiça está sendo feita. Estou ciente que ainda não finalizou. Porém, entrego nas mãos de Deus. Ele sabe o melhor a ser feito”, disse. Na última eleição, ele conquistou 224 votos, e não adentrou à Câmara apenas por questões de legenda.