Quinta do Sol faz busca ativa por escorpiões e alerta população

A Secretaria da Saúde de Quinta do Sol, por meio da Vigilância Sanitária está realizando trabalhos de busca ativa de escorpiões no município. A preocupação é principalmente com o surgimento de escorpiões amarelos, cujo veneno é um dos mais potentes entre as espécies que ocorrem no Paraná. A orientação é para que a população redobre os cuidados para evitar acidentes, principalmente nesta época de chuva e calor.

Nos acidentes com estes tipos de animais é essencial procurar assistência médica rapidamente. Uma das orientações da Saúde do município, para evitar acidentes, é não acumular entulhos e lixo, o que facilita o esconderijo e a proliferação desses animais.

Outra observação, é fechar frestas, colocando telas nos ralos e nas janelas, impedindo o acesso do animal no interior de residências. A população deve também evitar resíduos orgânicos expostos, já que atraem baratas, um dos alimentos dos escorpiões. “Pedimos aos moradores que redobre os cuidados. Limpem seus quintais. Se necessário, façam contato com a Vigilância Epidemiológica. O escorpião amarelo é venenoso e pode causar acidentes graves, inclusive levando a óbito, principalmente crianças”, ressalta a Vigilância do município. Em casos de acidentes, o morador deve procurar imediatamente o pronto atendimento de saúde. O telefone é: (44) 3567-1306.

O escorpião amarelo é uma espécie não nativa. Foi introduzida no Paraná antes dos anos 90 por meio do transporte passivo destes animais, que se escondem em vãos de lenhas, tábuas e outros materiais, e assim são levados para outros municípios, estados ou até países. Em 2020, foram registrados mais de 3 mil acidentes no Estado envolvendo escorpiões.

No caso desta espécie, há dois fatores que contribuem para uma infestação. Trata-se de um animal com grande capacidade de adaptação aos ambientes alterados pelo homem, em especial o ambiente urbano. Isso favorece para que ele se reproduza de forma mais eficaz.

Além disso, o escorpião amarelo não precisa de um casal de animais para se reproduzir, bastando uma fêmea para gerar filhotes (reprodução por partenogênese). Cada filhote que nasce, quando instalado em um ambiente favorável, vai crescer e gerar novos filhotes quando tiver em torno dos nove meses de vida. Com isso, acontece um processo de infestação de forma rápida, pois o escorpião é capaz de gerar de duas a quatro crias por ano, com 20 filhotes em média, podendo ter mais de 80 filhotes em um ano, de uma única fêmea.

Captura

Caso seja encontrado um escorpião em uma residência, ele deve ser capturado ou abatido. É preciso tomar cuidado ao capturar um escorpião vivo, pois ele pode se movimentar rapidamente durante uma fuga e se esconder. O ideal é empurrá-lo para dentro de um pote, que será fechado com tampa. Em seguida, deve ser levado à Secretaria Estadual de Saúde para identificação. Assim será possível avaliar o risco que aquele animal representa para a saúde e tomar as providências para reduzir sua ocorrência.

A picada de um escorpião causa dor imediata, podendo irradiar para o membro e ser acompanhada de adormecimento, vermelhidão e suor. Podem surgir suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos, salivação excessiva, dentre outros sintomas mais graves.