Operação do Gaema fiscaliza áreas de preservação e encontra irregularidades na região
O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), núcleo de Campo Mourão, realizou nessa segunda-feira (6) a operação “Guardiões dos Mananciais”. A ação encontrou irregularidades em áreas de preservação.
A operação teve o apoio do Instituto Água e Terra (IAT) e do 3º Pelotão da Polícia Ambiental. O objetivo foi fiscalizar Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos pontos de captação de água para abastecimento público nos municípios de Janiópolis, Goioerê, Campina da Lagoa e Ubiratã.

De acordo com a promotora de Justiça, Rosana Araújo de Sá Ribeiro, Coordenadora Regional do Gaema, com auxílio do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do IAT, as áreas foram previamente mapeadas a partir de análises que indicaram possíveis danos ambientais. Durante a fiscalização em campo, a Polícia Ambiental utilizou drones para levantar imagens atualizadas da vegetação e das regiões próximas aos mananciais.
A operação constatou irregularidades em áreas de preservação, entre elas a ausência de cercamento e a criação de animais nas APPs, o que possibilita o acesso dos rebanhos aos mananciais e aumenta o risco de contaminação da água por matéria orgânica.
Um relatório técnico será elaborado pelo IAT e pela Polícia Ambiental e encaminhado ao Ministério Público para as deliberações sobre as medidas necessárias. A operação terá continuidade na próxima semana, no município de Cianorte, com a participação do IAT, do 4º Pelotão da Polícia Ambiental e apoio técnico da UTFPR (Universidade Tecnológica do Paraná), campus de Campo Mourão, por meio do professor Dr. Marcelo Galeazzi Caxambu.

“A realização de operação de fiscalização in loco em Áreas de Preservação Permanente impulsiona os proprietários dos imóveis a realizar o isolamento e cercamento da APP, plantios de mudas para recuperação de áreas degradadas, além de ser averiguado eventual lançamento irregular de resíduos, podendo serem adotadas as devidas medidas administrativas, cíveis e criminais”, destacou Rosana. Ainda conforme a promotora, a recuperação das Áreas de Preservação Permanente é uma ação primordial para o enfrentamento à grave crise hídrica que tem atingido o Estado.

