Segurança pública: PM simula invasão a Campo Mourão nesta quinta-feira

O 11º Batalhão de Polícia Militar de Campo Mourão (11º BPM), fará na noite desta quinta-feira (22), um exercício simulado contra crimes violentos praticados por quadrilhas do “novo cangaço”. Para realizar a ação, fará o bloqueio da Avenida José Tadeu Nunes, no trecho compreendido entre o Detran e a Estação Ecológica do Cerrado, a partir das 23 horas.

A PM fará também para a simulação o bloqueio do trecho da Avenida Capitão Índio Bandeira, imediações do cruzamento com a Avenida São José. O comandante do 11º BPM, Tenente-Coronel Adauto Nascimento Giraldes Almeida informou que a interdição durará por várias horas.

Segundo o comandante, a previsão é que esses locais sejam liberados apenas pela manhã do dia seguinte, ou seja, sexta-feira. “É um processo bastante complexo, que exige que o exercício seja muito semelhante ao de um ataque real”, comenta.

O coronel explicou que nas vias próximas aos locais interditados ocorrerá grande movimentação de policiais e viaturas. Nas armas utilizadas serão empregadas munições de festim. Também serão utilizados artefatos explosivos, que serão controlados pela Polícia Militar.

Coronel Giraldes explicou que embora o exercício não gere nenhum risco à comunidade, a orientação é que a população evite a circulação nas proximidades desses locais a partir das 23 horas do dia 22 de setembro.

A simulação é a continuidade de um trabalho que o batalhão vem realizando na prevenção contra ações de quadrilhas do “novo cangaço”, grupos criminosos fortemente armados que exercem domínio sobre as cidades e impedem a reação das forças de segurança local. Recentemente, foi realizada uma palestra no município para capacitar e instruir autoridades dos 20 municípios de abrangência do batalhão para pronta resposta em uma eventualidade.

A palestra foi ministrada pelo tenente-coronel, Anderson Puglia e pelo capitão, Gilberto Kummer Júnior. Eles são especialistas em ações de inteligência contra grupos criminosos. Segundo coronel Giraldes a capacitação deu uma condição situacional às autoridades locais para entenderem este cenário.

O plano de pronta resposta está sendo feito por etapas. A primeira foi confeccionar e encontrar os pontos sensíveis e vulnerabilidades em agências bancárias na região. A segunda, foi instruir as autoridades locais, regionais e Poder Judiciário para entender esta modalidade de crime. Agora o terceiro passo será a construção da rede. Para isso, o comandante do batalhão se reunirá com autoridades de cada município de sua abrangência para trabalhar com alguns pontos sensíveis. “Temos que trabalhar sempre com a possibilidade do pior para estar sempre assegurado com o melhor”, destacou ao afirmar que a rede de proteção também poderá ser usada em situações de catástrofes, calamidade, vendaval, entre outros.

“Novo cangaço”

As quadrilhas denominadas “novo cangaço”, são grupos criminosos fortemente armados que exercem domínio sobre as cidades e impedem a reação das forças de segurança local. Estas quadrilhas estão cada vez mais ousadas. Têm atacado principalmente cidades do interior com armamento pesado usando, inclusive, reféns como escudos humanos para dificultar a ação das forças policiais. A última ação neste sentido aconteceu no município de Guarapuava, onde um bando de criminosos aterrorizou a cidade. Um policial militar acabou morto.