5 dos 8 colégios da região aprovam mudança para cívico-militar; votação foi prorrogada em 2 escolas

A maioria das escolas consultadas por pais de alunos na região de Campo Mourão aprovou a implementação para colégio cívico-militar. A consulta à comunidade escolar iniciou na terça-feira (27) pela Secretaria Estadual de Educação, com a liberdade de votação pelos pais. Das oito instituições consultadas, cinco já aprovaram o método.

Em Campo Mourão, até o momento, apenas o Colégio Darci José Costa aceitou o modelo de ensino. Já o Colégio Vinícius de Moraes rejeitou em sua maioria a proposta.  Nas escolas Antonio Teodoro de Oliveira e Unidade Pólo, a consulta foi prorrogada até esta sexta-feira (30), já que não atingiram o quórum mínimo de 50% dos alunos mais um.

Em Goioerê, o colégio Vila Guaíra, aprovou a transformação da escola em cívico-militar. Os colégios Rui Barbosa (Mamborê); Olavo Bilac (Peabiru); e Olavo Bilac (Ubiratã), também aprovaram pela maioria. O programa será implementado a partir de 2021. A nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Os colégios foram selecionados pela Secretaria de Educação e do Esporte. Um dos diferenciais é o aumento da carga horária curricular, com aulas extras de português, matemática e valores éticos e constitucionais. A lei foi aprovada neste ano pela Assembleia Legislativa do Estado, mas o programa está sendo planejado desde o ano passado.

As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

As instituições de ensino selecionadas funcionarão em regime de cooperação, por meio de termo entre a Secretaria da Educação e do Esporte e a Secretaria da Segurança Pública do Paraná. O programa será avaliado continuamente a partir da implementação, como forma de aferição da melhoria e do alcance das metas do modelo proposto. Não haverá seleção de alunos.

O diretor cívico-militar será indicado pela Secretaria da Educação, responsável pela seleção por meio de entrevista e avaliação. Os militares da reserva podem ser voluntários. Eles serão remunerados por meio de diárias criadas por lei em 2017, cujo valor variará conforme a atribuição desempenhada na instituição de ensino.  

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE), Ivete Keiko Sakuno Carlos, esclareceu à comunidade escolar que o processo não se trata da militarização dos colégios, mas sim de um modelo de escola que traga melhorias ao conhecimento e a formação dos alunos. 

Ela disse que os colégios serão administrados tendo na direção geral um professor, um pedagogo ou servidor da rede estadual. Conforme o porte do colégio poderá ter mais um diretor auxiliar, que também será da rede de educação. “Para auxiliar a escola a trabalhar uma formação mais cidadã, mais disciplina e respeito traremos a orientação militar onde haverá um diretor militar que passará por um processo de seleção e formação.  E junto como diretor civil vão se unir para administrar o colégio”, esclareceu. Ivete destacou que o modelo de ensino vai melhorar a qualidade da educação nas instituições que aceitarem a implantação do novo modelo.