Agrinho 2025: ‘Mãos que Constroem o Brasil’ é tema de projeto de alunos de Campo Mourão
Está em andamento, na Escola Municipal Domingos José de Souza, em Campo Mourão, o projeto “Mãos que Constroem o Brasil”. A iniciativa, coordenada pela professora Taina Carvalho, envolve 20 alunos do 1º ano A do ensino fundamental e visa valorizar as profissões do dia a dia e promover reflexões sobre pertencimento e reconhecimento. O projeto também concorrerá no Programa Agrinho 2025, com possibilidade de premiação que vai de tablets a automóveis.
“Meu pai fala que quer que eu estude para ser alguém na vida”. Essa foi a fala espontânea em sala de aula que desencadeou uma série de reflexões entre as crianças sobre o valor das diferentes áreas de atuação profissional. Isso levou a docente a ampliar o assunto e levá-lo além dos muros da escola.
“‘Mãos que Constroem o Brasil’ é feito de histórias reais. De crianças que sonham, de famílias que ensinam com o exemplo, de trabalhadores que constroem esse país com dignidade todos os dias. É sobre dar visibilidade às mãos que cultivam, cozinham, ensinam, curam, protegem e inspiram. Esse projeto é um abraço coletivo entre campo e cidade, entre escola e comunidade, entre passado e futuro. É um gesto de gratidão, um reconhecimento às raízes que sustentam a infância, a educação e a vida”, resumiu, com orgulho, a professora.

As ações do projeto, iniciado no mês de maio deste ano, pretendem ser desenvolvidas até agosto. Além dos próprios alunos participantes, a iniciativa envolve as famílias e a comunidade local, por meio de rodas de conversa, entrevistas, visitas técnicas, oficinas, produções artísticas e ações ambientais. “Mais do que um projeto escolar, é uma experiência de vida”, disse Taina.
Conversa com agricultores, diário coletivo com as famílias, oficina AgroTech – com confecção de drone usando materiais recicláveis –, roda de conversa com engenheiro agrônomo e visitas ao AeroCampo de Campo Mourão, ao campus do Centro Universitário Integrado, ao Memorial da Coamo e ao gabinete do prefeito Douglas Fabrício, com direito à entrevista com o gestor municipal, foram algumas das principais atividades desenvolvidas até agora.
A educadora pôde ver na prática o entusiasmo e a dedicação da turma na realização das atividades propostas. “A participação das crianças foi surpreendente: ativa, criativa e cheia de propósito. Elas planejaram, investigaram, entrevistaram, desenharam, plantaram, escreveram e se conectaram com a realidade de suas famílias. Assumiram verdadeiramente o papel de protagonistas”, avaliou, ao completar que a proposta pedagógica vai muito além de um concurso.
Como forma de divulgar o projeto, também surgiu a ideia de compartilhar as ações realizadas em um jornal, que foi construído coletivamente, impresso e distribuído para outras turmas e instituições. “O jornal Agrinho surgiu de forma orgânica, quando os alunos começaram a entrevistar profissionais e sentiram vontade de compartilhar suas descobertas”, explicou Taina.

Concurso de fotos
Outra ação que compõe o projeto “Mãos que Constroem o Brasil” é o concurso de fotos “Minha vida no campo” e conta com a participação da comunidade em geral. A docente explicou que ele está acontecendo totalmente por meio do Instagram, com base nas regras predefinidas no perfil oficial do projeto na rede social: @maosq.ueconstroem
“Os participantes devem seguir o perfil do projeto, utilizar a moldura oficial disponibilizada nos destaques e marcar o @ do projeto na publicação. Para quem possui perfil privado, é necessário enviar um print da publicação feita no story para garantir a validação da participação”, explicou, lembrando que os interessados têm até o próximo dia 10 para participar.
Taina informou, ainda, que a foto vencedora será escolhida por votação aberta via enquete no Instagram, e o ganhador receberá uma premiação especial e um certificado de reconhecimento, celebrando a conexão entre imagem, memória e pertencimento.

Agrinho 2025
Diante da importância do assunto e do interesse dos estudantes, a docente resolveu expandir ainda mais a divulgação das atividades, com o envio do projeto ao Programa Agrinho 2025. A turma está inscrita na categoria “Experiência Pedagógica”, com a proposta “Mãos que Constroem o Brasil”. Além disso, os mesmos estudantes concorrerão na categoria “Desenho”, com ilustrações criadas a partir das reflexões sobre o campo e a cidade.
O Agrinho é considerado o maior programa de responsabilidade social do Sistema FAEP/SENAR PR, criado em 1995 e implantado em 1996 no Paraná. Anualmente, mobiliza cerca de 800 mil alunos e 50 mil professores, abrangendo todas as faixas de ensino – da educação infantil à educação especial – em 399 municípios.
Com o tema nacional “Festejando a conexão campo cidade”, o programa incentiva projetos que aproximem realidades urbana e rural, promovendo sustentabilidade, cidadania e protagonismo estudantil por meio da pedagogia da pesquisa.
O encerramento dessa, que será a 30ª edição do programa, acontecerá durante uma cerimônia no dia 20 de outubro, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O evento deve reunir cerca de 4 mil pessoas, entre alunos, pais, professores, diretores, representantes da comunidade escolar e autoridades.
O Agrinho 2025 premiará estudantes e professores com notebooks, smartphones, tablets e até carros. A divulgação dos premiados no site do Sistema Faep (sistemafaep.org.br/agrinho) está prevista para ocorrer na primeira quinzena de setembro.