Agrônomo: profissão completa 86 anos neste sábado

Neste sábado, 12 de outubro, é comemorado o Dia do Agrônomo ou engenheiro agrônomo, profissão que completa 86 anos de reconhecimento no Brasil, criada por decreto em 1933. O exercício da profissão, porém, foi regulamentado por lei em 24 de dezembro de 1966. Em Campo Mourão, o Centro Universitário Integrado forma anualmente cerca de 100 agrônomos. Em duas décadas de existência do curso, foram formados 1.200 profissionais.

O mercado de trabalho na região é amplo em razão da importância do setor agrícola para a economia, o que se repete em âmbito nacional. Temos na região importantes cooperativas agrícolas e empresas que atuam no agronegócio, ressalta a coordenadora do curso de Agronomia do Integrado, Nádia Cristina de Oliveira. A Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão é uma das melhores estruturadas e no próximo dia 20 realiza uma festa para comemorar a data.

Além de assistência técnica e conservação de solos, o profissional também pode atuar em áreas de inteligência de mercado, gestão, avaliações, perícias e assessorias jurídicas, órgãos de pesquisas, indústrias, bancos, instituições de financiamento e investimento, órgãos públicos, instituições científicas, consultoria e instituições de ensino.

Ao comentar sobre o futuro e desafios, a coordenadora ressalta que os novos agrônomos de sucesso serão aqueles que se adaptarem às mudanças do mercado que vem em busca de multidisciplinaridade e profissionais cada vez mais qualificados. O piso salarial da categoria atualmente é de 9 salários mínimos.

Para Almir Gnoatto, coordenador da CEA do CREA-PR, a presença do agrônomo assessorando os produtores e empreendimentos rurais leva ao uso racional e eficiente dos recursos e melhora os resultados econômicos, sociais e ambientais. Ele cita que os profissionais têm o papel de produzir alimentos saudáveis, de forma sustentável e que novos mercados estão surgindo.

São profissionais habilitados para prestar assessoria na produção de alimentos; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; nutrição animal; economia e crédito rural; e em muitas outras áreas, completa Gnoatto.

A formação dos futuros profissionais está ocorrendo em praticamente todas as regiões do Paraná. Segundo dados do portal E-Mec, do Ministério da Educação, o Estado conta com cursos presenciais de Agronomia ou Engenharia Agronômica em 47 instituições de ensino, somando 61 campus e 6.237 vagas. No país existem 456 cursos e 93.120 vagas.