Artistas de circo tentam se manter vendendo doces e salgados

Churros, crepes suíços, maçãs do amor, algodão doce, pães, espetinhos de morango e esfiha são produtos vendidos na barraca montada pelo Circo Rhoney Espetacular, ao lado da Rodoviária de Campo Mourão. O circo está instalado no local desde o mês de março, sem poder reunir público para os espetáculos por conta da pandemia de Coronavírus. Eles também não têm para onde ir, já que não conseguem autorização para se instalar em outra cidade.

“Há duas semanas montamos essa barraca para tentar conseguir dinheiro para ir se mantendo. Essa está sendo a única renda nossa”, comenta Michelle dos Santos Salgueiro, que junto com o marido é responsável pelo circo. Ela até tentou viabilizar espetáculos com apresentações para a plateia em drive-thru, mas não teve êxito.

A barraca funciona de quarta a domingo, das 14h30 às 18h30. “Adotamos todas as normas de segurança recomendadas para o atendimento na barraca. Também fazemos entrega”, explica. No total são 23 pessoas, artistas do circo, que estão morando em trailers e barracas no mesmo local há quase cinco meses. 

Segundo Michele, eles se cadastraram no CRAS da Secretaria Municipal de Ação Social e estão recebendo cestas básicas, bem como assistência à Saúde na rede pública municipal. A Fundação Cultural do município também orientou os artistas a se cadastrarem para serem beneficiados pela Lei Federal Lei Aldir Blanc, que deverá repassar R$ 677,4 mil ao município de Campo Mourão. O objetivo da Lei é subsidiar os artistas e espaços culturais que tiveram as atividades interrompidas por conta da Pandemia do Covid-19.

As famílias do circo também conseguiram o benefício do programa Cartão Comida Boa, que é um vale compras no valor de 50 reais oferecido pelo governo do Estado. O Circo Rhoney tem mais de 90 anos de tradição e teve início na região de Curitiba.