‘Campo Mourão no Prato’ é considerado sucesso, mas público sugere melhorias

A 3ª edição presencial do Festival Gastronômico “Campo Mourão no Prato”, realizada do dia 24 de fevereiro até o último sábado (9), foi considerada um sucesso pelos organizadores, em função do recorde de vendas e do cumprimento dos principais objetivos traçados. Além de elogios por parte do público que participou do evento, também foram identificados pontos de melhoria e lançadas, até mesmo, sugestões para as próximas edições.

Os resultados do festival foram divulgados na manhã desta quinta-feira (14), no auditório da Casa do Empreendedor. Durante os 15 dias de festival, foram vendidos 21.535 pratos, gerando uma movimentação financeira expressiva de R$ 1.047.346,50. Este ano, o festival registrou um crescimento de 21,7% em volume de pratos vendidos em comparação com a última edição, que teve a comercialização de 17.693 pratos.

De acordo com pesquisa realizada com os estabelecimentos participantes, para 55,4% deles, até 50% dos consumidores foram de novos clientes, demonstrando que o festival proporciona maior acesso ao setor gastronômico para a população mourãoense e da região e melhores resultados na comercialização dos participantes.

“A experiência que a gente tem com o Campo Mourão no Prato é muito boa, aumenta muito o nosso percentual de vendas, clientes novos. Então, é uma iniciativa muito boa para a cidade”, falou a responsável de um dos estabelecimentos que já participou pela segunda vez do evento e pretende continuar nas próximas edições.

A ação, que já está na 3ª edição presencial e vem se tornando uma tradição no município, é promovida em parceria entre a Acicam (Associação Comercial de Campo Mourão), a prefeitura, por meio da Seidec (Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão), o Codecam (Conselho de Desenvolvimento Ecônomico de Campo Mourão) e o curso de Turismo da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), campus de Campo Mourão.

Entre os principais objetivos do festival estão possibilitar a movimentação econômica na cidade, proporcionar geração de emprego e renda e fomentar a conexão e a parceria entre empreendedores participantes. Conforme o diretor de Inovação e Desenvolvimento Econômico da Seidec (Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão), Rosinaldo Cardoso, o evento, mais uma vez, superou as expectativas, cumprindo tais objetivos fundamentais.

Avaliação e sugestões

O sucesso do festival foi tão grande que, já na primeira semana, superou as expectativas. Somente no primeiro final de semana, foram vendidos 3.654 pratos pelas 58 empresas participantes. Com isso, foi até mesmo necessário algumas empresas limitarem a quantidade de pratos por dia de atendimento e solicitarem reservas dos clientes. A TRIBUNA consultou a opinião de alguns consumidores, que preferiram não se identificar.

Uma cliente que aproveitou para degustar alguns pratos elogiou o sabor, em geral, porém destacou o tamanho, que não foi satisfatório. “Achei sensacional o prato, porém pouca quantidade”, avaliou. Teve, ainda, quem elogiou a quantidade, mas lamentou o fato de ter que esperar mais de 40 minutos para consumir, em função de o estabelecimento estar lotado.

Outra pessoa, que tentou ir a alguns estabelecimentos em, pelo menos, um dos dias do festival para provar os pratos, acabou desistindo. “Todos os lugares que fui estavam lotados, dois já não tinham os ingredientes para servir o prato que estava no cardápio do Campo Mourão no Prato”, falou uma moradora do município.

Outro consumidor destacou a comodidade de diversas opções delivery, no entanto ressaltou o tempo de entrega, que chegou a passar de 1h30 em algumas situações. “Seria interessante a contratação temporária de entregadores durante o festival para otimizar o tempo de entrega”, sugeriu.

Apesar disso, a avaliação geral do festival pelo público, realizada a partir de uma pesquisa que foi feita pelo curso de Turismo da Unespar, conforme mencionou Cardoso, foi muito positiva. “Nós fizemos uma pesquisa com seiscentos consumidores, que dá uma margem de confiança de noventa e sete por cento em relação ao número de pratos vendidos. Tivemos um índice de satisfação de noventa e cinco por cento dos consumidores”, apresentou o diretor.

Como para os estabelecimentos participarem do festival havia regras, caso seja identificado que a empresa descumpriu alguma delas, não poderá participar das próximas edições. “As regras têm que ser cumpridas, inclusive em relação à quantidade e qualidade do prato”, destacou.

Em função da alta demanda, sobretudo da última semana, algumas empresas procuraram os organizadores solicitando que fossem limitadas às quantidades de pratos por dia e o pedido de reservar. Os pedidos foram concedidos. “A única exigência era que a empresa pudesse anunciar em suas redes sociais a quantidade de pratos que estavam sendo reservados para o dia e quando acabasse”, explicou.

“Mas como esses comunicados eram feitos em stories no Instagram, muitas pessoas realmente não tinham esse acesso, chegavam lá e se surpreendiam que o prato já tinha encerrado. Isso infelizmente aconteceu”, elucidou Cardoso. Esses e outros pontos de melhoria já estão sendo discutidos para procurar melhorar cada vez mais a iniciativa no município.

Segundo Cardoso, por exemplo, por meio do programa Turismo de Valor, os empresários serão convidados para serem discutidos os critérios e as regras com eles antes da próxima edição, que será em julho, já visando alinhar a regulamentação. O diretor da Seidec revelou, ainda, que foi feita parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Campo Mourão para fornecer oficinas e workshops e, assim, ser estruturado o melhor modelo já para a próxima edição.