Capela da Vila Carolo passa por reforma e será da Catedral São José

Uma missa celebrada no dia 29 de dezembro marcou a despedida dos religiosos da Fraternidade O Caminho da Capela Santa Paula Elisabeth, na Vila Carolo, em Campo Mourão. O pequeno templo católico, construído na década de 60, passa agora por reformas e em fevereiro será reativado como capela da Catedral São José, com o nome original da padroeira Nossa Senhora do Pilar.

“Com um misto de emoções que envolve saudade e gratidão, nos despedimos da nossa capelinha para que uma nova fase se inicie. Muitos neste lugar tiveram o seu primeiro encontro com Deus. Aqui, muitas almas jovens foram resgatadas e muitas vezes vínhamos apenas para ficar a sós com ele e em paz com nós mesmos. Aqui choramos, rimos, gritamos, dançamos e claro, o adoramos muito”, diz um texto postado na página da Fraternidade.

Segundo o padre da Catedral São José, Jurandir Aguilar, a capelinha terá o espaço do altar (presbitério) todo reformado e a intenção é que o local, que comporta até 200 pessoas, seja utilizado, por exemplo, para celebração de casamentos. “Como a Catedral é grande, muitos preferem um lugar menor para o matrimônio”, observa o padre. Ele acrescenta que o local também será destinado a atendimento espiritual.

Além de celebração de missas aos domingos, a capela continuará sendo utilizada pelo grupo de oração da Renovação Carismática, às quintas-feiras. No entorno também está em construção um muro e a casa nos fundos do terreno, onde moravam as freiras da Fraternidade, também está em reformas para abrigar a família do diácono Jair Bertotti.

Construída pela família Carolo na década de 60 em sua propriedade rural, atualmente a capela pertence à Mitra Diocesana. No entorno surgiram loteamentos, além de instituições de ensino superior, como o campus da UTFPR. “Já foram adquiridos pela Mitra quatro terrenos nos fundos da capela, tendo em vista o crescimento dessa região da cidade”, explica o padre Jurandir.

Em 2006, por decisão do então bispo Dom Mauro, a capela foi transformada em templo de adoração perpétua, sob a responsabilidade da Fraternidade O Caminho, convidada pelo bispo para instalar-se em Campo Mourão. Com o tempo a Fraternidade ganhou outro espaço denominado Vila Franciscana, nas proximidades da Santa Casa, onde o fundador, padre Gilson Sobreiro, também tem intenção de construir uma nova capela de adoração.

“É tempo de renovação, é tempo de mudança e por isso a nossa capelinha não fará mais parte da nossa comunidade. A gente sabe que Deus está em tudo e em todos os lugares, mas nesse lugarzinho em especial, ele se manifesta de uma forma que jovem nenhum até hoje conseguiu explicar”, enfatiza o texto na página da Fraternidade.