Casos de dengue aumentam 19% em uma semana e municípios já utilizam fumacê

As confirmações de dengue aumentaram 19% da semana passada para esta na Comcam, saltando de 423 para 521 casos. Ou seja, foram 98 novos diagnósticos. O avanço da doença na região preocupa a Regional de Saúde, que está em alerta. A região tem também 2.514 casos em investigação de dengue. Os números são do boletim semanal, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

O chefe da 11ª Regional da Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, comentou que o acompanhamento e monitoramento é constante em todos os municípios da Regional. Tanto é que as duas cidades em situação mais crítica hoje, que são Campina da Lagoa e Ubiratã, a Regional autorizou o início dos serviços de fumacê após análise técnica. 

“Neste dois municípios percebemos a necessidade de iniciar o tratamento com fumacê. Estamos já com um veículo em Campina da Lagoa e estamos enviando o veículo em Ubiratã para iniciar o trabalho nestas duas cidades. Estamos em alerta. Qualquer município que haja um crescimento no sentido da infestação estaremos intensificando os trabalhos em todos eles”, ressaltou. 

Siqueira lembrou que cerca de 90% dos focos do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, estão nas residências e por isso reforça a orientação para que a população apoie neste sentido no combate à dengue com a remoção dos criadouros do mosquito que se formam em pontos e recipientes que acumulam água parada.

Na Comcam, as confirmações são em Araruna (1); Barbosa Ferraz (11); Boa Esperança (4); Campina da Lagoa (212); Campo Mourão (1); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (2); Iretama (8); Juranda (4); Mamborê (4); Moreira Sales (6); Nova Cantu (4); Peabiru (7); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre D'Oeste (1); Roncador (12); Terra Boa (5); e Ubiratã (232).

Já casos em investigação ocorrem em Altamira do Paraná (14); Araruna (14); Barbosa Ferraz (293); Boa Esperança (15); Campina da Lagoa (430), Campo Mourão (68); Corumbataí do Sul (27); Engenheiro Beltrão (61); Farol (1); Fênix (16); Goioerê (163); Iretama (29); Janiópolis (28); Juranda (97); Luiziana (9); Mamborê (52); Moreira Sales (57); Nova Cantu (15); Peabiru (79); Quarto Centenário (5); Quinta do Sol (52); Rancho Alegre D’Oeste (6); Roncador (100); Terra Boa (49); e Ubiratã (834).

Na área da 11ª Regional de Saúde, há também quatro notificações de Febre Chikungunya, sendo em Janiópolis (1); Rancho Alegre D’Oeste (1); e Terra Boa (2). “A população precisa sempre estar atenta e diariamente realizar a limpeza domiciliar para eliminar possíveis criadouros do mosquito”, ressaltou Siqueira.

A dengue se manifesta com a febre, de início abrupto, associada a dores de cabeça, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos e o surgimento de exantemas, que é a vermelhidão pelo corpo.

Os sinais de alerta a Dengue apontando evolução para quadros mais graves associa dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, sangramentos, queda no número de plaquetas, hipotensão, entre outros.

Na dengue grave, podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.

O Informe Epidemiológico aponta que o Paraná registrou nesta semana 761 novos casos da doença. Agora o Estado soma 5.293 casos confirmados desde o início do período, em agosto do ano passado. Deste total, 4.517 casos são autóctones, ou seja, de pessoas que contraíram dengue no município de residência. Três municípios apresentam casos autóctones pela primeira vez no período; Cidade Gaúcha, Floresta e São Pedro do Iguaçu. 229 municípios apresentam casos confirmados; 20 municípios registram casos de dengue com sinais de alarme e outros 10 trazem casos de dengue grave. O Informe registra ainda 42.076 notificações para a dengue, em 349 municípios; outros 9.740 casos seguem em investigação.