Casos de dengue já passam de 1.000 na Comcam e deixa Saúde em alerta

Mesmo com o clima seco e mais ameno, os casos de dengue não param de aumentar na região de Campo Mourão. Nesta semana foram registradas mais 138 confirmações com a Comcam atingindo 1.019 casos. O atual período epidemiológico teve início em agosto do ano passado e encerra em julho deste ano. Casos em investigação somam 3.582. Os dados são do novo boletim semanal divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa-PR). Os números deixam as autoridades em Saúde em alerta.

Os municípios em situação mais crítica continuam sendo Campina da Lagoa e Ubiratã, respectivamente com 542 e 336 casos. Até o momento, Campo Mourão continua apenas com duas confirmações, de acordo com a Sesa. Os casos por municípios são: Araruna (1); Barbosa Ferraz (13); Boa Esperança (25); Campina da Lagoa (542); Campo Mourão (2); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (6); Iretama (10); Juranda (29); Mamborê (3); Moreira Sales (6); Nova Cantu (14); Peabiru (7); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre do Oeste (1); Roncador (12); Terra Boa (5); e Ubiratã (336).

Devido a situação mais grave em Campina da Lagoa e Ubiratã, a 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão autorizou as duas cidades a fazerem a utilização do fumacê para o controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A preocupação, conforme informou em recente entrevista à TRIBUNA o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, é que a região venha a sofrer uma nova epidemia, como ocorreu em 2020. 

Naquele ano, a Comcam chegou a 15.394 confirmações de dengue e 26.095 notificações. Foram registradas 14 mortes e 18 cidades enfrentaram epidemia. Na ocasião, nove municípios registraram mais de 1 mil casos da doença. A principal orientação à população de prevenção à doença, é a eliminação de água parada, para a eliminação de focos do mosquito. 

Conforme o boletim semanal, os casos em investigação de dengue na região são: Altamira do Paraná (32); Araruna (16); Barbosa Ferraz (363); Boa Esperança (43); Campina da Lagoa (821), Campo Mourão (80); Corumbataí do Sul (34); Engenheiro Beltrão (68); Farol (1); Fênix (19); Goioerê (204); Iretama (35); Janiópolis (28); Juranda (171); Luiziana (14); Mamborê (60); Moreira Sales (64); Nova Cantu (32); Peabiru (93); Quarto Centenário (6); Quinta do Sol (54); Rancho Alegre D’Oeste (7); Roncador (100); Terra Boa (50); e Ubiratã (1.187). Na área da 11ª Regional de Saúde, há também quatro casos em investigação de Febre Chikungunya, sendo em Janiópolis (1); Rancho Alegre D’Oeste (1); e Terra Boa (2). 

Paraná

O informe publicado Sesa alerta ainda para o aumento de casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e zika vírus. O mês de fevereiro apresentou 20 notificações e um caso confirmado. Em março foram 53 notificações e 19 confirmações. A Sesa monitora e divulga os dados epidemiológicos dos três agravos no mesmo Informe conforme análise da Vigilância Ambiental. Segundo o informe, o Paraná tem hoje 193 notificações para a chikungunya e 29 casos confirmados. Diante da situação, as equipes de apoio técnico da Sesa vão intensificar o trabalho de apoio à Regionais de Saúde e municípios. 

A chikungunya causa febre e dores nas articulações. Outros sintomas incluem dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga e erupção cutânea. Aproximadamente 50% dos casos evoluem para a forma crônica; as dores podem persistir por meses ou até anos, causando debilitação do paciente.

Já a dengue, o Paraná registrou 1.289 novos casos, acumulando 9.909 confirmações distribuídas em 247 municípios. O Paraná totaliza 8.741 casos autóctones. O Estado totaliza 55.198 notificações para a dengue em 354 municípios. Outros 10.856 casos seguem em investigação para a doença.