Celebrações católicas da Semana Santa também serão “fechadas”
As celebrações da igreja católica que marcam a Semana Santa, este ano serão realizadas pelos padres com apenas alguns fiéis auxiliares, transmitidas pela internet e outros meios de comunicação. A determinação está em documento do bispo Dom Bruno Versari, que mantém a orientação aos padres para o isolamento social em razão da Pandemia do COVID-19 (Coronavírus).
O documento do bispo segue o Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, bem como orientações da CNBB. A Semana Santa é celebrada pela igreja a partir do próximo domingo (Ramos) e tradicionalmente costuma lotar os templos na semana em que os rituais e reflexões têm como enfoque a Paixão, Morte e a Ressurreição de Jesus.
“Se mantenham suspensos todos os atos externos (missa com fieis, procissões, via-sacras, encenações, etc). Que os padres celebrem o mistério pascal de Cristo em suas comunidades paroquiais com a ajuda de alguns auxiliares, atendendo recomendação do Ministério da Saúde e as devidas precauções, evitando a proliferação do vírus”, diz o item 1 do documento.
O bispo recomenda que os fieis sejam orientados quantos aos horários para que possam acompanhar pelos meios de comunicação nas próprias casas. “A Coleta da Fraternidade, realizada sempre no Domingo de Ramos, será transferida para uma data a ser divulgada”, explica Dom Bruno no documento, ao acrescentar que cada família católica é convidada a celebrar a Semana Santa, ainda que em recolhimento.
As determinações do poder público para isolamento social tiveram apoio do bispo Dom Bruno desde o início. Ele até manifestou sua opinião a respeito da pressão de parte do comércio para revogação do decreto da prefeitura. “Aqui o prefeito tem a responsabilidade de decidir no âmbito do seu município. Eu, como bispo, tenho um compromisso com toda a diocese. E a OMS com todo o mundo. Em vista dessa situação a conclusão é que a melhor forma de evitar a contaminação é ficar em casa. Isso é técnico”, enfatizou.
Dom Bruno ressalta que a crise vai atingir todo mundo. “Todos seremos afetados. Vamos aguardar mais um tempo. Estamos vendo pelos gráficos que o número de pessoas infectadas só aumenta. Se ficarmos parados em casa vamos vencer essa batalha em menor tempo”, acrescenta.
