Chuvas ficam 39% abaixo da média histórica para o mês de maio

O mês de maio encerrou com pouca chuva em Campo Mourão. Foram 79 milímetros.  Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), considerando que a média histórica para o mês é 131 mm, maio fechou com um déficit hídrico de 39%. A falta de água afetou lavouras de milho e causou problemas de abastecimento em algumas comunidades rurais na região. 

Maio, aliás, repetiu o espírito de abril, quando a deficiência de chuva foi grave em toda a região. O mês de abril de 2020 foi o mais seco dos últimos cinco anos. Para se ter ideia, a média histórica para o mês é entre 100 a 120 milímetros, mas choveu apenas 51 mm. 

Segundo o meteorologista do Simepar, Samuel Braun,  considerando o histórico, o maio mais seco dos últimos 10 anos em Campo Mourão ocorreu em 2011: 6,0 mm, enquanto  o mais chuvoso em 2002: 347,8 mm. Nos últimos 10 anos o mais chuvoso foi em 2017, 258,4 mm.

O meteorologista lembrou que a escassez de chuvas vem desde fevereiro. Segundo ele, há várias teorias em estudo para a falta de água, mas basicamente a circulação dos ventos impediu o avanço de sistemas mais organizados pelo Paraná. “Chamamos de bloqueio na meteorologia. O que causou isto está em estudo. Provavelmente o Oceano Pacífico seja um dos maiores ‘culpados’ pelo aquecimento na porção central”, explicou.

Braun acrescentou que a tendência para este inverno é que ocorra chuvas ‘perto ou abaixo’ da média. “Mas em junho deve chover um pouco mais em relação a estes últimos meses. Aparentemente estamos observando uma maior frequência de frentes frias nestes últimos 30 dias”, observou. 

Instabilidade 

O meteorologista observou que o mês de junho deve começar com chuvas no Paraná. Áreas de instabilidade, associadas a uma frente fria que avança pelo Oceano, mantém o tempo instável em diversos setores do Estado. Para hoje são esperadas pancadas de chuva acompanhadas de descargas elétricas, sem temporais. O volume de precipitação previsto varia bastante de região para região.