Coamo completa 49 anos e anuncia R$ 100 milhões em sobras

Fundada no dia 28 de novembro de 1970, a Coamo Agroindustrial Cooperativa completou nesta quinta-feira (28), 49 anos de existência. Para comemorar a data, foi realizado um evento na sede da empresa nesta manhã, em Campo Mourão, com direito a bolo. As comemorações foram realizadas simultaneamente em todas as unidades do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini, anunciou que a Coamo irá distribuir cerca de R$ 100 milhões em sobras aos cooperados no próximo dia 10 de dezembro. 

Com quase cinco décadas de existência no mercado, a Coamo é a maior cooperativa agrícola da América Latina. Tem atualmente mais de 29 mil cooperados e 8 mil funcionários. “Nós todos estamos em festa, posso dizer que são 49 anos da Coamo de sucesso. A Coamo nunca teve crise econômica e nem política, e sempre se capitalizou bem pensando em um trabalho voltado ao seu quadro social”, falou Gallassini, ao comentar que a cooperativa ‘fez tudo que tinha de fazer’. “Primeiro cuidou da agricultura, armazenagem, comercialização e foi industrializando. O objetivo sempre foi industrializar os produtos de seus cooperados, hoje concretizamos com a indústria de Dourados (MS), uma indústria super moderna”, frisou.

O presidente informou que a Coamo tem 10 tipos de indústrias que praticamente industrializam a maioria dos produtos que o cooperado entrega à cooperativa. Ele informou que os planos da empresa é investir também nos próximos anos em uma indústria de processamento de milho. Adiantou que a princípio será uma fábrica de rações. “Não tem muito que fazer com o milho a não ser ração ou uma indústria muito sofisticada para produzir amido, mas o mercado também não é muito consistente”, observou. 

Sobras

Referente às sobras da cooperativa, Gallassini adiantou que a diretoria já aprovou a antecipação para o dia 10 de dezembro.  O montante é de cerca de R$ 100 milhões que serão distribuídos em todas as unidades. A antecipação das sobras é uma tradição da Coamo e o benefício será pago conforme a movimentação de cada associado na comercialização de soja, trigo, milho e insumos. 

O valor é referente a 1,5% de todos os insumos que o cooperado comprou; R$ 0,50 por saca de soja; R$ 0,15 por saca de trigo que entregou; e R$ 0,10 por saca de milho. “O restante das sobras dos outros produtos e o complemento dos insumos e tudo mais vem na assembleia do dia 10 de fevereiro”, falou o presidente. 

O dinheiro, apelidado de 13º do cooperado, ajuda a movimentar o comércio no final do ano nas cidades em que a Coamo está inserida.  “O pessoal apelidou de 13º e Natal dos cooperados, e o objetivo é este mesmo antecipar um pouco porque cada um faz o que bem entender. Realmente é muito bem aceito pelos cooperados”, disse Gallassini. 

O presidente informou ainda que a movimentação financeira de 2019 da Coamo deverá atingir R$ 13 bilhões. “Ainda tem cooperado vendendo seus produtos, mas acredito que vai atingir este valor, um pouco menos que o ano passado por causa da seca que quebrou cerca de 20% da soja e afetou também o trigo e milho”, disse ele. Além disso, de acordo com o presidente, o cooperado deixou 46 milhões de sacas de grãos para comercializar de 2017 para 2018, o que aumentou significativamente o faturamento da cooperativa no ano passado.

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