Colégio constrói passarela de acesso com ajuda da comunidade

Com reivindicação indeferida pela Secretaria Estadual da Educação, a direção do Colégio estadual, Marechal Cândido Rondon, em Campo Mourão, teve de recorrer à comunidade para a construção de uma passarela de 65 metros de extensão por 5 metros de largura para acesso ao refeitório e outros ambientes escolares. A obra era reivindicada por alunos e profissionais da escola há 11 anos.

A construção da passarela custou R$ 55 mil. A entrada, R$ 20 mil, foi com sobras de recursos da festa junina promovida pela instituição para instalação de ar condicionado em todas as salas de aula. O restante do pagamento, R$ 35 mil, será feito à empresa responsável pela obra com promoções que serão realizadas pela instituição e Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF).

É uma conquista muito importante, é um sonho realizado pela comunidade do colégio Marechal Rondon de 2019, comemorou a professora Rita de Cássia Cartelli de Oliveira, diretora da instituição. Ela informou que a obra era uma reivindicação dos estudantes e profissionais desde 2008.

A passarela liga as salas de aulas ao refeitório, cozinha, sala de artes, sala de educação física, quadras esportivas, entre outros ambientes escolares. Em dias de chuvas, os alunos se molhavam muito, e muitos nem desciam para a merenda escolar. Os professores de educação física também não desciam em decorrência da chuva, comentou Rita.

A diretora informou que após o início do trâmite do projeto para a obra (desde 2008), na secretaria estadual da Educação, o Colégio teve uma resposta somente dois anos depois, e com a secretaria indeferindo o pedido da comunidade escolar. Quando retornamos para gestão, agora juntamente com a Associação de Pais e Mestres do Colégio organizamos outro processo em obras online em 2017, solicitando a passarela. No entanto, este processo parou no Fundepar da secretaria de Educação, e não tem nenhuma perspectiva de a obra se concretizar, explicou.

 

 

Rita insistiu na obra porque está no plano de ação da direção a pedido dos próprios estudantes. A preocupação é que em março do próximo ano encerra seu mandato e se fosse para esperar pelo Estado a obra não ficaria pronta, tendo que iniciar o projeto da estaca zero. Então fizemos reunião com os estudantes há 20 dias e eles reforçaram que a prioridade seria a passarela. Como nós tínhamos um saldo da festa junina deste ano demos de entrada para que a empresa iniciasse a obra, que está quase 100% concluída, ressaltou.

A diretora pede agora o engajamento de toda a comunidade escolar para efetivar o pagamento restante da obra. Está sendo muito gratificante ver a alegria dos estudantes. Muitos estão agradecendo, dizendo que não se molharão mais. Tenho um agradecimento muito especial a Associação de Pais e de todos os estudantes e profissionais para esta conquista, a obra só foi possível graças a este apoio e empenho de todos, argumentou, ao dizer que já está ocorrendo uma mobilização da comunidade para o pagamento que resta da obra.

Rita acrescentou que foram feitas três tomadas de preços pelo Colégio para construção da passarela. Foram realizadas também reuniões com alunos, APMF, e Conselho Escolar, sendo analisada melhor qualidade de trabalho e empresa com melhor preço. A obra está aí, com 100% de aprovação. Excelente trabalho, com muita segurança para durabilidade de mais de 40 anos, trazendo mais conforto e mais qualidade de ensino e aprendizagem, argumentou.

Promoções

A tesoureira da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) do Colégio Marechal Rondon, Mara Maciel, que também é mãe de aluno da instituição, informou que a APMF já está organizando promoções para o pagamento das parcelas da obra. Vamos precisar muito dos pais e da colaboração da comunidade, falou. Ela adiantou que a Associação está preparando para os próximos dias o Dia do Cachorro Quente, entre outras promoções. Quando as ações estiverem definidas, os pais serão comunicados. Contamos com o engajamento e participação de todos, pediu.

Sobre a construção da passarela, Mara disse que vai ficar mais tranquila como mãe pela segurança e conforto de sua filha. Quando chove molha o pátio e os alunos sempre desciam correndo para chegar ao refeitório para não se molhar correndo o risco de quedas. Isso nos preocupava muito, disse. Estamos muitos felizes com o resultado e agradecemos a todos que nos ajudaram, emendou.