Com baixa adesão na região, vacina contra sarampo é prorrogada até 31 de outubro

Devido à baixa adesão à vacinação contra sarampo, a campanha teve o prazo ampliado para imunização na faixa etária dos 20 a 49 anos. A vacinação seria encerrada nesta segunda-feira (31), mas foi prorrogada para o dia 31 de outubro.

“A vacinação é a mais importante defesa contra a transmissão da doença”, destacou a enfermeira chefe de Seção de Vigilância Epidemiológica da Regional de Campo Mourão, Evandra Cristina Pereira. Ela pediu que quem ainda não se vacinou que procure o posto de saúde mais próximo e providencie a vacina. 

A cobertura vacinal contra doença na Comcam está bastante aquém do esperado. De 149 mil pessoas que poderiam se vacinar, nem 13 mil ainda tomaram a dose da vacina, segundo dados da Regional. Conforme Evandra, a pandemia de coronavírus contribuiu para ‘afugentar’ o público alvo.

Nesta segunda-feira, em Campo Mourão, a vacina segue sendo feita no horário de atendimento das unidades de saúde. Pela manhã atendem os postos de saúde do Cidade Nova, Modelo, Tropical, Centro Social Urbano, Cohapar, Lar Paraná, Piquirivaí e Vila Guarujá. À tarde no Alvorada, Paulista, Damferi, Copacabana e Pio XII. 

O último boletim publicado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), na quinta-feira (27), apresenta 1.885 casos de sarampo no Estado. O monitoramento teve início em agosto de 2019, quando foi registrado o primeiro caso de sarampo no município de Campina Grande do Sul. 

Há um ano o Paraná acompanha as ocorrências, faz a imunização de rotina nas unidades de saúde e nas campanhas, além da aplicação de medidas de controle, como bloqueio vacinal seletivo de pessoas próximas dos infectados e isolamento domiciliar de casos suspeitos.

“As doses estão nos municípios e quem ainda não foi imunizado, deve verificar os pontos de vacinação em suas cidades e buscar vacina, que é segura e protege contra a doença”, ressaltou Evandra.

O sarampo é uma doença grave, altamente contagiosa, transmitida por via aérea, através da fala, espirro, tosse e respiração. Pode acometer todas as faixas etárias e levar a complicações como encefalite, meningite e pneumonia. A vacinação é a principal estratégia para interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus. Entre o calendário vacinal estão doses da tríplice viral, que protege além do sarampo também caxumba e rubéola, hepatites, poliomielite, entre outras.

A orientação é que qualquer pessoa que não tenha certeza, ou não tenha documentação se tomou as doses da vacina contra o sarampo, que se desloque até uma unidade de saúde para colocar a vacinação em dia.