Com público reduzido nas igrejas, católicos celebram morte e ressurreição

A Sexta-Feira Santa (feriado nacional), seguida do Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa é o período do ano em que a igreja católica celebra o principal fundamento da fé cristã: que a morte do corpo é a passagem para uma vida eterna. Por isso a celebração, que começa na noite de quinta-feira e vai até domingo, revive desde a última ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos, até a condenação, morte na cruz e ressurreição. 

Por conta da pandemia de Coronavírus, a participação dos fieis nas celebrações também foi afetada. Para garantir o distanciamento social, decreto municipal em Campo Mourão só permite ocupação de 30 por cento da capacidade de público das igrejas. Por isso, a orientação  do bispo Dom Bruno Versari é que as pessoas acompanhem pelas mídias sociais das paróquias, como já vêm fazendo desde o início da pandemia. 

Nesta sexta, quando a igreja revive a Paixão e Morte de Cristo, a orientação é colocar um crucifixo junto com uma vela acesa para fazer a adoração da cruz enquanto acompanha a celebração on-line. Também nesse dia, a igreja do mundo inteiro faz uma campanha (coleta) para manutenção dos lugares santos. “É uma forma dos cristãos ajudarem a preservar os monumentos, as igrejas, os locais conservados do tempo de Jesus”, explica o bispo. 

Essa campanha também é afetada diretamente pela pandemia. “Como a maioria não poderá ir à igreja pessoalmente, estamos pedindo para quem desejar fazer a doação um depósito bancário, com qualquer valor”, explica Dom Bruno.

No Sábado, quando a igreja celebra a vigília pascal, Dom Bruno também recomenda uma vela acesa e um recipiente com água para ser abençoada durante a celebração. “Essa água pode ser aspergida pela casa, sobre as pessoas e depois pode beber”, orienta o bispo. Embora a Páscoa seja comemorada no domingo, a celebração do sábado já é voltada a ressurreição de Jesus.

Dom Bruno enfatiza sobre a colaboração da igreja desde o início da pandemia e a importância de acompanhar as celebrações, mesmo que de forma virtual. “Embora seja necessário diminuir o número de participantes na igreja, não precisa diminuir a igreja doméstica, que são os lares das famílias”, observa. Segundo ele, para bem celebrar a pessoa deve, inclusive, vestir-se como se estivesse dentro da igreja, arrumar o lugar e desligar outros meios que tirem a atenção.