Com UTIs superlotadas, Santa Casa pede socorro ao governo

Com as 13 vagas das UTI Adulto e as 11 da Neo Natal todas ocupadas, a diretoria da Santa Casa de Campo Mourão tem sido obrigada a improvisar leitos para atendimento de urgência e emergência de pacientes levados pelo SAMU. Por conta dessa situação crítica, a direção solicitou ao deputado estadual Douglas Fabrício o agendamento urgente de uma audiência com o secretário estadual de Saúde para tentar solucionar o problema.

Todo fim de semana estamos notificando o SAMU para que não traga pacientes porque não temos vagas, mas eles continuam trazendo. Estamos sendo obrigados a improvisar, mas isso também tem limite e para piorar, o hospital não recebe por isso, explicou o provedor do hospital, Getúlio Ferrari Junior.  

Segundo ele, na manhã desta quarta-feira (24), quatro pacientes estavam entubados no Pronto Atendimento. Ali não é para isso, mas se não fizermos isso a pessoa vai morrer, lamenta, ao ressaltar que é necessária uma ação urgente do Estado para aumentar o número de vagas de UTI. Não é como quebrar uma cadeira que se você não consertar hoje conserta amanhã ou depois. Aqui é vida, se não consertar hoje, amanhã morre, enfatizou.

Getúlio citou até o caso recente de um paciente de Ubiratã, vítima de queimadura, levado até a Santa Casa em vez de ser encaminhado para o hospital especializado em Londrina. O SAMU não poderia ter trazido para cá e a pessoa acabou morrendo. Em nenhum lugar do mundo pode ser admitido que a pessoa morra dentro do hospital por falta de atendimento, argumenta. 

Segundo ele, além do pagamento de AIHs (Autorização para Internamento Hospitalar), atualmente o Estado repassa R$ 550 mil/mês via convênio com o hospital. Este ano o valor da parcela aumentou, mas precisamos melhorar as condições estruturais, complementou, ao lembrar que a Santa Casa atende toda a região, apesar de não ser, de direito, um hospital regional.