Contrários a construção de nova hidrelétrica farão manifesto neste sábado em Campo Mourão

Apoiadores contrários a construção da CGH Saltinho, em Campo Mourão, farão um protesto neste sábado (14), às 10 horas, no calçadão da Avenida Capitão Índio Bandeira, área central da cidade. O movimento defende a ideia de que o projeto irá destruir ecossistemas do rio da Várzea, além de ameaçar o Salto Santa Amália, conhecido por Saltinho.

“O licenciamento dessa obra não respeita a lei, está irregular e deve ser suspenso”, acusam. “O impacto será enorme: secará o Salto Santa Amália (cachoeira do Barreiro das Frutas), afetará a aldeia guarani e causará danos no ecossistema do rio. A empresa não traz nenhum benefício econômico ou ambiental para nossa cidade”, diz o grupo. .

Segundo os manifestantes, apesar de o Ministério Público Federal ter se manifestado pela suspensão do licenciamento da obra, a empresa está ‘pressionando’ para começar o início da derrubada da mata. “Tivemos informações de que começarão a ‘matança’ esta semana”, dizem.

O movimento explica que o local é frequentado por parte da população e que trata-se de um lugar voltado à saúde e lazer da comunidade. “Muitos ciclistas passam por ela, praticando o ecociclismo e o cicloturismo. Esse espaço da natureza recebe pessoas de diferentes grupos sociais, de outras cidades e estados. É realmente um ponto turístico da nossa cidade, mesmo que não seja reconhecido. É um lugar muito importante pra nós, moradores de Campo Mourão, que temos o rio da Várzea na nossa história, no cotidiano e reconhecemos a sua importância pra nossa vida”, disseram.

Os manifestantes informam que a Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Saltinho será a quarta hidrelétrica na região, no mesmo rio, e por isso o impacto do projeto não é isolado. Para tentar impedir a obra, o grupo lançou um abaixo assinado online no link https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=sosriomourao

Nessa quinta-feira (12), o grupo fez uma manifestação simbólica pra entregar um dossiê de denúncia e um ofício do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR) solicitando acompanhamento do conflito ambiental e violação de direitos indígenas com a central geradora hidrelétrica. O documento foi entregue ao Instituto Água e Terra.