Cotas Raciais é tema de oficina no Colégio Estadual de Campo Mourão

Nessa terça-feira (17), acadêmicos do 3º ano do curso de História da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Campo Mourão, realizaram uma oficina no Colégio Estadual de Campo Mourão com o tema “Cotas Raciais”. A atividade fez parte da extensão da disciplina Ensino de História e Relações Étnico-Raciais, ministrada pela professora doutora Cláudia Niching, e teve como objetivo sensibilizar e informar os participantes sobre a importância das políticas afirmativas no contexto educacional brasileiro.

A equipe responsável pela oficina foi composta pelos estudantes Aline, Anderson, Fátima, Francieli e Karine, que ministraram a atividade para as turmas do 2º e 3º anos do ensino médio noturno, sob responsabilidade da professora Nair. O grupo foi calorosamente recebido pelo diretor da escola, professor Valdair, e pelo corpo docente. Aproximadamente 70 pessoas estiveram presentes, entre alunos e professores.

Oficina foi proposta pelos estudantes Fátima, Aline, Karine, Anderson e Francieli, do 3º ano de História

Durante cerca de duas horas, a oficina abordou questões históricas e sociais relacionadas às cotas raciais, discutindo a evolução dessa política pública, seus fundamentos legais, os desafios enfrentados e os impactos positivos já observados na luta contra a desigualdade racial no país. Também foram tratados, ainda que de forma breve, temas como as cotas para estudantes de escola pública e indígenas, evidenciando a complexidade e a amplitude do debate sobre inclusão no ensino superior.

A atividade contou, ainda, com a participação de Lucas Alexandre, representante do Núcleo de Educação para Relações Étnico-Raciais (Nera), da Unespar. Na ocasião, ele compartilhou com os presentes as ações do núcleo e a importância do engajamento institucional nas pautas antirracistas.

A oficina foi marcada por escuta, diálogo e reflexão. Segundo os acadêmicos envolvidos, para eles, a experiência representou não apenas um exercício pedagógico, mas também um compromisso ético com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Acadêmicos que apresentaram a oficina, juntamente com o diretor Valdair, as professoras Nair e Lilian, do Colégio Estadual, e a professora Claudia, da Unespar

Conforme pontuaram, o Colégio Estadual de Campo Mourão demonstrou, com essa abertura, que a escola pode e deve ser espaço para o enfrentamento do racismo e para o fortalecimento da consciência crítica entre jovens estudantes. “Que mais ações como essa possam se multiplicar, promovendo educação transformadora em todos os cantos do país”, expressaram os acadêmicos.